Esta foto postada pelo Paulo Jorge Silva foi motivo para eu alinhavar este escrito. Ao cabo, trata-se de uma recordação que jamais poderei esquecer. Ora, em 1965, mês de fevereiro, já perto do Carnaval, tive que partir para Lisboa e, depois, seguir para a Angola na data em que os “chefões” entenderam, adiantando já que foi a 23 ou 24 de março. Mas foi no Carvalho Araújo que segui para a capital, num domingo de muito mau tempo e que, por esse mesmo facto, o navio antecipou a saída, ou seja, das 20 horas para as 14, com o Rádio Clube de Angra, continuamente, a avisar os passageiros que tinham que embarcar pelo cais do Porto das Pipas.
Uma viagem muito tempestuosa, mas, na rota seguinte, com paragem na ilha da Madeira (Funchal), veio a bonança. E foi muito interessante que, ao sair para o centro da cidade, reencontrei no cais, em serviço, o Manuel “Pombinho”, guarda-fiscal que, antes, e durante alguns anos, trabalhou na barbearia do Cristiano Romeiro.
E porque dentro de algumas curiosidades da viagem (uma ou outra não posso contar), no Cais de Alcântara fui recebido pelo Tenente Orlando Ramin que nos encaminhou para o Depósito Geral de Adidos, sito na Ajuda. E foi graças ao Orlando Ramin que, nesse sábado, à noite, assisti ao jogo Benfica-Académica, com vitória do Benfica por 3-1. Um belo jogo de futebol. E quem havia de dizer que, volvidos muitos anos, havia de reencontrar o Orlando Ramin na ilha Terceira na qualidade de treinador do Lusitânia.
A seguir hei-de contar algumas histórias passadas em Angola, como militar, árbitro e jornalista que dava os seus primeiros passos.
Sem comentários:
Enviar um comentário