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domingo, 5 de abril de 2020

Os livros da Fundação Caloust Gulbenkian


Os livros da Fundação Caloust Gulbenkian


Calouste Gulbenkian foi um amante da arte, e homem de raro e sensível gosto, além de reunir uma extraordinária coleção de arte, principalmente europeia e asiática, de mais de seis milhares de peças.

Na arte europeia, reuniu obras que vão desde os mestres primitivos à pintura impressionista. Uma parte desta coleção esteve exposta por empréstimo, entre 1930 e 1950, na National Gallery em Londres(Inglaterra), e à Galeria Nacional de Arte em Washington, capital dos Estados Unidos.

Figuram na coleção obras de Vittore Carpaccio, Peter Paul Rubens, Antoon van Dyck, Rembrandt,Thomas Gainsborough, George Romney, Thomas Lawrence, Jean-Honoré Fragonard, Jean-Baptiste Corot, Pierre-Auguste Renoir, François Boucher, Édouard Manet, Edgar Degas, Claude Monet e muitos outros.

Além da pintura, reuniu um importante espólio de escultura do Antigo Egito, cerâmicas orientais, manuscritos, encadernações e livros antigos, artigos de vidro da Síria, mobiliário francês, tapeçarias, têxteis, peças de joalharia de René Lalique, moedas gregas, medalhas italianas do Renascimento etc..

Foi desejo de Gulbenkian que a coleção que reuniu ao longo da vida ficasse exposta num mesmo local. Assim é, em Lisboa, desde Junho de 1960. Em 1969 foi inaugurado o espaço onde se encontra o edifício-sede da Fundação, que inclui o Museu onde se encontra esta coleção permanente, além de um Centro de Arte Moderna, salas de conferência, biblioteca, três auditórios e jardins.

Na ilha Terceira, em tempos idos, era eu ainda muito jovem surgiu a Biblioteca Itinerante Caloust Gulbenkian, que tinha como funcionário-responsável o meu querido amigo Carlos Alberto Oliveira. A Biblioteca percorria praticamente toda a ilha Terceira com livros de muita qualidade em várias temáticas, não faltando o romance que era muito procurado pelos utentes da referida biblioteca, utentes esses que tinham a sua ficha de registo dos livros requisitados, a data de saída e a de entrada, normalmente por 15 dias se a memória não me atraiçoa. Foi, na altura, um excelente serviço prestado a quem se interessava pela leitura.

Curiosamente, foi na sede da Fundação Caloust Gulbenkian, em Lisboa que participei no primeiro Congresso dos Jornalistas Portugueses e cuja adesão foi bastante satisfatória na opinião dos promotores do evento. Lá estiveram muitos dos nomes consagrados do jornalismo português sem especificação, ou seja, todos eram jornalistas, independentemente da sua própria área.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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