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sábado, 9 de maio de 2020

Depois de um jogo entre o Benfica e o Liverpool no Estádio da Luz


Lembro-me que, numa noite, após o jogo Benfica - Liverpool para a Taça dos Clubes Campeões Europeus (1-4), fui com uns amigos do norte  do país até à Cova da Onça, sita na Avenida da Liberdade (hoje já não existe esta discoteca), para tomarmos um copo e distrairmos um pouco as ideias, conversando com as bonitas “garinas” que por lá se encontravam. Aliás, nessa época a Cova era uma das mais concorridas discotecas de Lisboa. Era lá que paravam muitas “estrelas” do futebol, alguns cantores e também figuras gradas da sociedade lisboeta. Penso que foi a partir dessa altura que passei a ser um “habitué” da Cova da Onça quando nada tinha para fazer durante o período da noite.

O ambiente naquela tarde-noite foi aquecendo porque, na verdade, o jogo entre o Benfica e o Liverpool (para a denominada Taça dos Clubes Campeões Europeus) foi disputado a uma hora acessível. Escusado será dizer que as “garinas” assediavam o nosso grupo para uma saidinha da ordem, mas dali acabaram por não levar nada, isto porque ninguém entrou na Cova com esse objetivo. Curiosamente, um dos empregados que nos serviu, e que mais tarde passou a ser um dos meus maiores amigos, chamava-se Carlos Alberto e era um ferrenho benfiquista. A dado momento, disse ao Carlos que queria dançar uma música romântica com uma loira que estava sozinha à minha frente, quiçá à espera do convite. O Carlos falou com o funcionário que colocava as músicas e não querem lá ver que fui bafejado pela sorte, porque saiu mesmo uma canção do Roberto Carlos, na circunstância, creio eu, AMADA AMANTE. Convidei a loira para dançar, um tanto agarradinhos e daí não passou. Aliás, passou, na medida em que, pela dança, paguei um scoth à bonitona. Mas, para dançar uma canção do Rei, valeu a pena o investimento. Quanto ao resto, a loira não levou nada. Será que ela era a NAMORADINHA DE UM AMIGO MEU? Não sei. Até podia ter saído essa canção do Roberto Carlos que dançávamos na mesma forma. Os meus amigos ficaram impressionados quando, a seguir, saboreando um bom vinho do Porto, falava de Roberto Carlos. Como era fã desde muito jovem. E todos os dias passava pela loja de onde se vendiam os LPs e 45 rotações para saber se tinham chegado mais gravações do rei. Um amigo que lá estava, com aquele sotaque bem carregado do norte (carago), exclamou: “não restam dúvidas que Roberto Carlos é um senhor romântico”. E disse tudo.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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