A décima-quinta Live do maestro Eduardo Lages
Aquarela Brasileira que todo o mundo conhece
Um introito deveras interessante
Confesso que, na ilha Terceira, nunca tinha ido ao Bar do Galanta, conhecido improvisador açoriano, mas que se diz já aposentado. Paradoxal que possa parecer, só conhecia o Galanta nas cantorias. Do bar, nicles!
Porém, nesta viagem à ilha Terceira, direi mesmo inolvidável viagem de saudade (nove anos depois), meu primo Humberto Machado Peixoto fez questão de me obsequiar com um almoço no Bar do Galanta, o que sempre acontece às quintas-feiras, reunindo ali muita gente que se desloca das zonas limítrofes e, também, de Angra do Heroísmo. Para muitos, o Bar do Galanta já é um ponto obrigatório.
Juntamo-nos a um grupo que lá estava e na cavaqueira veio à baila o nome de Roberto Carlos, visto que alguém sabia da minha ligação em termos de escrita com o rei. E foi então que um casal crê que vivem ali nos arredores, ou seja, na freguesia das Fontinhas, me falou que, por duas vezes, se tinham deslocado a Lisboa para ver Roberto Carlos ao vivo, a primeira das quais quando Roberto completou 75 anos de idade e, a segunda, em maio do ano passado. O casal teceu os maiores encómios à organização do rei e, em uníssono, concluímos que, pelo que viram e pelo que eu conheço através destes dez anos em que escrevo sobre o maior cantor da América do Sul e não só, era extremamente difícil trazer aos Açores o rei Roberto Carlos. Aliás, já o havia dito ao vice-presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, José Gaspar de Lima, sugerindo ao mesmo que convidassem para as próximas Sanjoaninas-2020 o maestro Eduardo Lages, que dirige a orquestra numa parceria com Roberto Carlos que já leva 40 anos. E um show de Eduardo Lages na Praça Velha, coração da cidade de Angra do Heroísmo, seria muito interessante, para mais com um reportório das canções mais conhecidas do rei.
De resto, ainda teci comentários relacionados com o maestro Eduardo Lages, da sua parceria de 40 anos com Roberto Carlos. Os presentes seguiram com atenção a minha descrição. Passei algumas dicas da forma em como Eduardo Lages e Roberto Carlos se conheceram, ou seja, amigos e companheiros de sempre. Niterói o berço de Eduardo Lages e onde Roberto Carlos começou a estudar.
Poderei dizer que foi uma ótima “sobremesa” para os presentes.
A DÉCIMA-QUINTA LIVE
É sobremaneira interessante ver-se, dia-a-dia, no Fã Clube Maestro Eduardo Lages, a mulherada contando os dias que faltam para a respectiva Live, neste caso a deste dia 23 de julho. De resto, a expectativa para ser igual ou melhor do que foi a décima-quarta, por exemplo, musicalmente falando...
Começou com a música “Vê se voltas para mim” e na sequência uma de Roberto Carlos/Erasmo Carlos. Pelos vistos, iriamos ter mais música brasileira nesta Live de hoje. Aliás, poder-se-á dizer, sem pontinha de exagero, que a música brasileira está no top-mais. E para corroborar veio mesmo a calhar a sempre apetecida Aquarela do Brasil, que já ouvia nos meus tempos de adolescência lá pelo meu portugalzinho. O maestro adiantou que é, pelo mundo afora, uma das músicas mais representativas do Brasil. Plenamente de acordo.
Tom Jobim tinha que estar presente. Uma música de nome “por causa de você”, ele que é um dos melhores do Brasil. Evidentemente que o melhor de todos se chama Roberto Carlos.
Foi com Moacyr Franco que Eduardo Lages trabalhou antes do Roberto Carlos. Segundo o maestro, muito aprendeu com Moacyr Franco, que considera uma pessoa muito inteligente com quem regista grandes histórias. Pois é, “eh, você aí”. Todos se lembram e veio mesmo na hora exata para homenagear Moacyr Franco.
A sequência de falar e homenagear grandes compositores brasileiros e consequentemente amigos. Este um génio da música brasileira que sem mencionar o nome tocou uma das suas músicas. Afinal, quem-é-quem? Milton Nascimento, ora pois, pois...
De música, com os seus 20-25 anos, o maestro Eduardo Lages fazia de tudo. Era preciso ganhar a vida, confessou.
No seu coração, moram grandes cantores que lhe deram a mão, visto que a vida de música é muito difícil.
Quando o maestro deu umas pinceladas no Chá-Chá-Chá, lembrei-me logo do “meu” Chá, Chá, Chá em Lisboa”, uma música marcante na época.
O maestro falou numa nova parceria a Bio Extratus, o que parece que, a partir de agora, haverá essa publicidade nas Lives.
E a sequência com “Dio como ti amo”, de Gigliola Cinquetti. De outros bons-velhos-tempos.
E não faltou a música para dançar. Sempre presente. A música que foi a mola real desta Live-15. E não podia passar-se sem “eu te proponho”, uma das canções de Roberto Carlos preferidas.
E, por fim, o momento de reflexão em função desta situação em que vivemos – a pandemia.
E, para não fugir à “regra”, a internet a falhar.
Dia 30 a próxima Live.
Sem comentários:
Enviar um comentário