A doçura do menino João Pedro
Todos nós tivemos uma infância. Como em tudo, uns mais felizes do que outros. Nunca se fugiu (nem nunca se fugirá) ao estigma dos ricos, dos remediados e dos pobres. Depois, quando se ultrapassam as fases de criança e adolescente, entra-se naquela em que já sabemos o que queremos e, sobretudo, pela medição da nossa própria capacidade intelectual, o que queremos ser na vida.
Eu, por exemplo, sempre sonhei ser marinheiro, depois psicólogo e/ou jornalista. Fiquei pelo jornalismo e não estou nada arrependido.
Adoro crianças e tenho o maior carinho pelas pessoas idosas. Sempre estendi a mão a qualquer idoso que pretendeu (ou ainda pretende) ser meu amigo. O mesmo direi dos jovens. Sobre estes, lidei com muitos no futebol. Quantas amizades fiz? Um ror delas.
De criancinhas, sinto por elas uma incomensurável ternura. Tenho saudades do tempo em que a minha filha (hoje a caminho dos 30 anos de idade) comigo brincava. De analisar o seu crescimento físico/intelectual, de lhe dar aqueles beijos e abraços de quem foi presenteado com o melhor que Deus lhe deu.
Ao longo dos tempos, conheci várias crianças recém-nascidas, filhas de pessoas intimamente ligadas à minha pessoa. Como é bonito ver uma criancinha saída logo após o parto. Que sensação, que ligação fica para o futuro.
Aqui no Brasil, concretamente em Niterói, conheci, a menos de 24 horas de ter dado à luz, o João Pedro, filho de um casal amigo. Jamais esqueci a feição do “nenezinho”. Vi-o, posteriormente, com dois meses de idade no aniversário da Dona Flor (os seus 93 anos) e, agora, numa noite de um sábado do pretérito mês de Abril, quando festejava o seu primeiro aniversário. Está um rapagão. Peguei nele ao colo para uma foto que fique para a posteridade. A festa foi lindíssima, com muita gente, nomeadamente crianças. Fiquei feliz pelo João Pedro, para quem auguro um futuro risonho. O pai é do Flamengo e o padrinho, o meu querido amigo Matheus José Maurício de Freitas, é do Botafogo. O que posso fazer? Com mais intimidade com o João Pedro, nos próximos três-quatro anos, até posso tentar que o menino se afeiçoe à Cruz de Malta, o símbolo do Clube de Regatas Vasco da Gama. Que assim seja. Porém, e para ir um pouco mais além, quando ele falar com alguma segurança, ensinar-lhe-ei a dizer... Portugal... Açores... Sporting.

Sem comentários:
Enviar um comentário