A ÁRVORE E EU
Sob uma árvore junto à orla do mar.
Vi algumas folhas ainda verdejantes.
Perguntei a uma delas que estava a tremular:
"Estás a esconder um passarinho?"
Não, respondeu - me prontamente.
Estou aqui tremendo de revolta,
sentindo espasmos sufocantes.
estamos a morrer devagarinho.
O Homem esqueceu - nos paulatinamente,
deixou - nos sozinhas em caminho sem volta!
Esqueceu que fornecemos sombra em verão escaldante,
e nossos frutos aplacam a sede e a fome.
Fomos a sustentabilidade de tantos lares,
Produzimos madeira de qualidade e renome.
Damos guarita ao Homem em dia estafante.
Pus - me a chorar copiosamente,
Exclamei um tanto ofegante:
"És a flor rara de beleza.
O pão da bondade e o bálsamo para a dor.
És a alegria de todos e da pobreza"!
Soprou um vento forte que trouxe novos ares,
a folhagem então se acalmou......
Pingos grossos de chuva caíram fortemente,
E, louvando a Deus, a árvore se renovou!
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