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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Da escritora Graziela Veiga - NUNCA MUDAMOS O OUTRO...


 NUNCA MUDAMOS O OUTRO...

É um desgaste inglório tentar mudar alguém. 

Podemos aventar convencer quem não é, a fazer o que não quer ou a ficar num determinado lugar, quando o desejo é partir, se o outro não quiser, nada conseguiremos. 

Permitamos que as pessoas vivam suas próprias vidas, cometam seus erros e aprendam a lição. Demos a elas espaço, apoio e compreensão. É sem dúvida o que cada um de nós poderá fazer pelo outro. 

É bom que convivamos com outras pessoas, que surjam novas ideias, mas nunca as iremos acatar, se não estivermos predispostos, ou seja, se a semente não cair em solo fértil. 

Percebamos que as nossas qualidades e defeitos, quem os constrói ou desconstrói, somos nós próprios. Por isso, não tenhamos ilusões em relação ao outro, ele só muda quando decide mudar. 

Ao fim de um determinado tempo quando convivemos mais de perto com alguém, compreendemos e assimilamos que não temos o controle sobre a vida do outro, por melhores que sejam as intenções. Nunca ninguém muda o comportamento da outra pessoa nem vice-versa. Aceito que com o passar dos anos, a vida muda, mas só nós mesmos somos os principais agentes dessa mudança. 

As mudanças são sempre feitas de acções, não de palavras. As mais pertinentes palavras não farão aquela pessoa mudar porque eu quis, independentemente do quanto gosto daquela pessoa. Nunca nos devemos culpabilizar se não conseguimos fazer com que alguém seja melhor, pois não nos cabe a nós essa mudança. Cabe a nós, sim, termos o dom de usarmos as palavras certas, a fim de convencer o outro, mas nunca seremos responsáveis pela mudança, a não ser que o outro tome a atitude, a alternativa. 

Nunca devemos sonhar com a pessoa ideal. A pessoa ideal não existe, é apenas uma construção da nossa mente. As pessoas nunca são perfeitas. Elas são de todas as formas e feitios, cabe-nos aceitá-las tal como elas são, com qualidades e defeitos, ou então afastarmo-nos. As pessoas têm características próprias, por vezes, cativantes, mas nunca como nós as imaginamos. E são essas nuances que tornam a vida mais interessante! 

28.10.2019

Graziela Veiga

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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