Quando eu era criança
É verdade, quando eu era criança já ouvia muitas músicas que ainda hoje são passadas para a criançada. Direi músicas que já têm “enormes barbas”. Mas há uma que, no “Dia Mundial da Criança”, é tocada amiudadamente, por exemplo, esta: Trata-se daquela que reza “foi na Loja do Mestre André”. Naquela altura, anos 50, por aí, trocou-se “Mestre André” por “Loja do Grandela”. A “Loja do Grandela”, situada na principal artéria da cidade de Angra do Heroísmo, vendia um pouco de tudo e daí quase sempre se procurar um “pandeiro” (aqui muito utilizado no Brasil) ou o tão almejado “tamborzinho”. Claro uns mais “sofisticados” do que outros. Tudo dependia das posses de cada um. Mas, como eu era de uma família pobrezinha, adquiria um “tamborzinho” que durava pouco tempo. De resto, enquanto não se rompia com as minhas fortes “taroladas”, ia chegando para as encomendas. E, lá na rua, se formava um fila de crianças como eu (amigas) que me seguiam como se tratasse de uma “parada militar”. Belos tempos. E hoje, neste “Dia Mundial da Criança” (que naquelas épocas nem se sonhava com isso), recordo o “tamborzinho”. Será que, agora, ainda há crianças que brincam com ele? Tenho fortes dúvidas. Hoje, é tudo brinquedos de grande qualidade em função da tecnologia que chineses e japoneses lançaram nos respectivos mercados. Do “pandeiro” ainda se vêm muitos por estas bandas, nomeadamente na época do Rei Momo em que, “pandeiramente falando”, a criançada se diverte.
Sem comentários:
Enviar um comentário