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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

E tudo são recordações - Splish Splash


Mandem as meninas dar a volta ao mundo

Por: Carlos Alberto Alves
.É vulgar dizer-se, e seguindo uma velha máxima, que à terceira é de vez. Assim aconteceu comigo para presenciar um espetáculo das
Meninas Cantoras de Petrópolis, sem dúvida alguma um Coral de luxo, adiante-se desde já. Sabia, de antemão, que este Coral vale pelo seu todo, ou seja, pela sincronia de vozes e, também, o enquadramento com o Maestro Marco Aurélio, cinquenta anos de carreira como músico. É obra! Mais: pela sua alegria, pela forma simples em como dirige o Coral, Marco Aurélio fez-me lembrar, a espaços, o alemão James Last e, agora, pelo que já conheço desde que aqui estou enfileirado no Splish Splash, o nosso querido Eduardo Lages que, conforme já escrevi em anterior artigo, é considerado o “outro lado” de Roberto Carlos. E já agora, depois de analisar esta atuação das Meninas Cantoras de Petrópolis, incluo Marco Aurélio na minha lista de pessoas especiais. 

O Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis é formado por 56 elementos e cujas idades vão até aos 15 anos, limite máximo. Quer dizer que há sempre uma nova fornada para substituir quem, na circunstância, atinja os quinze anos de idade.
O que mais me impressionou foi a homogeneidade do grupo e das próprias solistas. Cada vozeirão que me fez arrepiar os cabelos, sobretudo quando interpretaram o fado Canção do Mar, de Amália Rodrigues, e que agora, após a sua morte, faz parte do repertório de Dulce Pontes, apontada como sucessora da Divina do Fado, a já citada Amália Rodrigues, que todos nós choramos com saudade. Eu próprio, nessa altura em que o Maestro Marco Aurélio falava de Amália senti uma grande comoção e, claro, não logrei evitar as lágrimas, para mais que acompanhei o funeral desta grande figura que sempre honrou o nome de Portugal por onde passou inclusive no Brasil.
Sendo Petrópolis considerada a “cidade que canta”, em função do numeroso e apreciável número de Corais, este espetáculo das Meninas Cantoras de Petrópolis, que decorreu no átrio da Câmara dos Vereadores, foi mais um êxito para juntar a tantos outros. Impressionante. Direi, sem pontinha de exagero, e por tudo aquilo que já presenciei nos países por onde passei em reportagem, que o Coral das Meninas de Petrópolis tem suficiente valor para dar a volta ao mundo.
Como disse no início deste artigo, finalmente tive o privilégio de acompanhar um extraordinário recital das Meninas de Petrópolis. De mãos dadas com a alegria e a comoção. Obrigado ao Coral por incluir no seu programa um fado português e logo o fado Canção do Mar, uma das interpretações marcantes de Amália Rodrigues que, lá no outro lado da vida, ficará também orgulhosa pelo fato do Coral das Meninas de Petrópolis, pela voz de uma magnífica solista, recordar um dos seus muitos êxitos.


Em suma, um espetáculo inolvidável. Este Coral das Meninas de Petrópolis merece todo o apoio das entidades oficiais. E, repito, tem valor para dar a volta ao mundo.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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