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domingo, 11 de novembro de 2018

Nos meus 50 anos de jornalismo as minhas homenagens - ALFREDO FARINHA


Alfredo Farinha outro “monstro sagrado” do jornalismo desportivo. Outro grande MESTRE a par de Vítor Santos. Com ele estive no Faial no decorrer do segundo encontro formativo para jornalistas desportivos da região, em mais uma iniciativa da Direção Regional da Comunicação Social e do seu Secretário Regional, António Lourenço de Melo.
Alfredo Farinha com mais uma magistral lição, na sequência do programa que, para o efeito, foi elaborado por Vítor Santos no ano anterior. Aliás, foi o próprio Vítor Santos que indicou Alfredo Farinha para dar continuidade às pretensões de todos nós, ou seja, aprender com os catedráticos de A Bola.

Quando me deslocava à redação de A Bola a todos tratava por tu e, claro, por chefe ao Vítor Santos. Contudo, para Alfredo Farinha era sempre o senhor Farinha, até que um dia, sentado ao lado do Vítor Santos na sua mesa de trabalho, o Alfredo Farinha entrou e eu, de novo, saudei com o senhor Farinha. Foi então que recebi a tal interessante “reprimenda”: “ó ‘rapazinho’ do Açores eu sou igual aos outros, portanto, tem que retirar o senhor”. E, a partir daí, comecei a usar apenas Alfredo Farinha. No Faial, os meus companheiros (alguns) ficaram admirados de eu tratar por tu o Farinha, motivo que me levou a contar a mesma história, isto é, aquela “reprimenda” que o próprio Vítor Santos, também em tom de brincadeira, subscreveu, adiantando ainda: “eu também quero ser chamado por Vítor Santos”. Mas ele era sempre o chefe e não havia que fugir a este estigma.

Sei que, em casa do Alfredo Farinha, quando aparecia uma imagem dos Açores, o meu nome era comentado pelo Alfredo Farinha e pela esposa, D. Maria Antónia. Isso foi me confidenciado pelo Vítor Farinha (filho), após o falecimento do Alfredo.
Vou também voltar a publicar, brevemente, um artigo que escrevi em A União, assim encimado: o Farinha (Alfredo) e os “nossos Farinhas”. Os “nossos Farinhas”, os primos do Alfredo que tinham uma loja de fazendas na Rua da Sé.

Alfredo Farinha, para além de um verdadeiro MESTRE, foi também um cidadão muito estimado por vários quadrantes da sociedade portuguesa.
Nesta hora do meu jubilei de ouro, não podia esquecer este verdadeiro companheiro, amigo do coração, em suma, um MESTRE de se lhe tirar o chapéu.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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