Maximiano de Sousa, de todos conhecido
como Max, era madeirense, nascido no Funchal em 1918. Foi aí que iniciou a sua
carreira artística. Sonhara ser barbeiro e violinista. Começa a actuar no bar
de um hotel do Funchal: cantor à noite, alfaiate de dia.
Em 1942, é um dos fundadores - como
cantor e baterista - do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa sensação nas
noites madeirenses e que, em 1946, vem conquistar Lisboa interpretando os
ritmos do momento - boleros, slows, fados-canções.
Actuando sozinho, Max dispara para o
estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio
Clube Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assina contrato com
a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com "Noites
da Madeira" e "Bailinho da Madeira".
É o primeiro de uma longa lista de
sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31, ou Sinal da Cruz.
Depois da rádio, Max conquista o
teatro, participando a convite de Eugênio Salvador na revista Saias Curtas, em 1952.
Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão também os
seus dotes de actor e humorista.
Em 1957, parte para os EUA para uma
digressão de cinco anos interrompida por uma súbita doença de coração ao fim de
dois. Viajará em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil
eArgentina.
Regressado a Portugal, embora continue
a ser um dos artistas mais queridos do público, encontrará alguma dificuldade
de trabalho, sobrevivendo à conta dos discos que continuava a gravar. Um dos seus
maiores êxitos surgirá aliás neste período, "Pomba Branca". Faleceu
em 1980.
Em 1991 foi inaugurado um busto em sua
homenagem, junto ao Largo do Corpo Santo.
BAILINHO DA MADEIRA
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu'a gente vamos bailar
Á gentinha da madeira
Eu venho de lá tão longe
Eu venho de lá tão longe
Venho sempre á beira mar
Venho sempre á beira mar
Trago aqui estas codinhas.
Trago aqui estas codinhas.
Pr'á manhã o seu jantar.
Pr'á manhã o seu jantar.
E a madeira é um jardim.
E a madeira é um jardim.
No mundo não há igual.
No mundo não há igual.
Seu encanto não tem fim.
Seu encanto não tem fim.
A filha de portugal.
A filha de portugal.
publicado por
Joaquim Gouveia às 00:56 link
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