JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Hoje na ilha da Madeira - Homenagem ao velho Max (6)


Maximiano de Sousa, de todos conhecido como Max, era madeirense, nascido no Funchal em 1918. Foi aí que iniciou a sua carreira artística. Sonhara ser barbeiro e violinista. Começa a actuar no bar de um hotel do Funchal: cantor à noite, alfaiate de dia.
Em 1942, é um dos fundadores - como cantor e baterista - do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, vem conquistar Lisboa interpretando os ritmos do momento - boleros, slows, fados-canções. 
Actuando sozinho, Max dispara para o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio Clube Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assina contrato com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com "Noites da Madeira" e "Bailinho da Madeira".
É o primeiro de uma longa lista de sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31, ou Sinal da Cruz. 
Depois da rádio, Max conquista o teatro, participando a convite de Eugênio Salvador na revista Saias Curtas, em 1952. Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão também os seus dotes de actor e humorista.
Em 1957, parte para os EUA para uma digressão de cinco anos interrompida por uma súbita doença de coração ao fim de dois. Viajará em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil eArgentina.
Regressado a Portugal, embora continue a ser um dos artistas mais queridos do público, encontrará alguma dificuldade de trabalho, sobrevivendo à conta dos discos que continuava a gravar. Um dos seus maiores êxitos surgirá aliás neste período, "Pomba Branca". Faleceu em 1980.
Em 1991 foi inaugurado um busto em sua homenagem, junto ao Largo do Corpo Santo.

BAILINHO DA MADEIRA
Deixa passar esta linda brincadeira
Qu'a gente vamos bailar
Á gentinha da madeira
Eu venho de lá tão longe
Eu venho de lá tão longe
Venho sempre á beira mar
Venho sempre á beira mar
Trago aqui estas codinhas.
Trago aqui estas codinhas.
Pr'á manhã o seu jantar.
Pr'á manhã o seu jantar.
E a madeira é um jardim.
E a madeira é um jardim.
No mundo não há igual.
No mundo não há igual.
Seu encanto não tem fim.
Seu encanto não tem fim.
A filha de portugal.
A filha de portugal.

publicado por Joaquim Gouveia às 00:56 link do post
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário