Escrever sobre, acerca, à volta, com o intuito de – seja lá o que for, testemunhar sobre a minha relação com o Carlos Alberto Alves leva-me, acreditem que é verdade, a viajar no mais profundo da minha memória.
Foi agradável e cheguei a conclusões originais.
Como?
Andávamos na década de 60 e o Carlos era já uma “figura pública”.
Arbitro de Futebol - exuberante – cuidado – tecnicamente à frente dos outros o que o levava apitar muita vezes o meu Angrense proporcionando este conhecimento unívoco
Quero dizer – em nome da verdade - que esta fase gerou em mim um sentimento de admiração e ódio que resultava de – contra o Lusitânia – o meu clube perder mais vezes do que ganhava e eu, tinha de arranjar um culpado.
O árbitro, claro!
Quem era o árbitro? O Carlos Alberto.
Entrados na década de 70 – corria o ano de 1974 – dou início à minha curta carreira de Futebolista e, obviamente – isto aconteceu no Sport Clube Angrense.
Treinador – Carlos Alberto Alves.
Nessa experiência o que é que eu relembro.
Relembro alguém muito organizado, metódico, cumpridor e já uns passos à frente no que à Metodologia do Treino Desportivo diz respeito.
Quero mesmo acreditar que esta experiência de ver alguém – fruto de todos os atributos que acima enumero – levar uma equipa de bons rapazes a acabar a sua época desportiva na fase final da Taça ilha Terceira de Juvenis e acabando, semanas mais tarde, por ganhar ao Lusitânia (coisa impensável até aí) numa célebre deslocação a São Jorge e Graciosa, terá tido influência no meu percurso profissional e nesta minha aproximação às áreas do treino e da competição na modalidade que abracei - o Futebol.
Esta ligação foi curta, como, aliás, curta foi a carreira de Futebolista, uma vez que em 1978 vim estudar para Lisboa logo tive de interromper aquela atividade desportiva.
Durante a minha estadia em Lisboa fui acompanhando a evolução do Carlos Alberto como jornalista desportivo – a sua relação de sempre com o jornal “A Bola” as suas colaborações mais ou menos permanentes aos jornais locais - DI e A União.
Enfim, segui o seu crescimento nesta outra forma de viver o desporto, que é ver – de preferência bem – para poder contar aos outros.
Em 1984 regresso à Terceira e aí fico até 2000 (16 anos).
Pois, meus amigos, durante esses anos cruzei-me com o Carlos Alberto nas mais diversas facetas – Diretor Desportivo, jornalista, colaborador no INATEL, amigo, parceiro, companheiro de gargalhadas, etc, etc.
E, em todas elas, guardo uma consideração e estima que – e julgo que a memória não me está atraiçoar – nunca foi ferida ao longo destes 40 anos de conhecimento e apreço.
Carlos – para terminar – um sincero e sonoro “BEM HAJAS” – e faço votos que o teu exemplo de amor ao desporto e em particular ao Futebol perdure e possa servir de modelo às gerações vindouras.
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