Silveira, és a melhor
a
levarmos a banhos
É o meu (e de muita gente) lugar de eleição
para ir a banhos – a Silveira, em São Pedro, Angra do Heroísmo.
A zona balnear tem tudo para agradar. Espaço
circundante para estacionar as viaturas, extensas zonas de solário nos
“ferrinhos” e no cais, gente simpática a rodos e, acima de tudo, uma água
cristalina e refrescante.
Na época balnear, como em muitos outros
locais de banho, o espaço para estender a toalha é deveras diminuto e o risco
de apanhar com um mergulhador mais distraído em cima afigura-se real.
Porém, e graças a Deus, grande percentagem
dos banhistas desaparece da zona de prazer após os meses mais quentes de Agosto
e Setembro.
Ainda bem que existe gente friorenta. Mais
fica Silveira para os banhistas de todo o ano.
Uns, já sem afazeres profissionais, marcam o
ponto quase diariamente, quer faça sol ou chuva. Outros, como eu, aproveitam os
feriados e fins de semana para molhar os ossos e prevenir-se de gripes e outras
arreliações.
A água está gelada o tanas. Ainda no último
domingo o medidor de temperatura conferiu um registo a rondar os 17 graus. Como
no exterior não passava dos 15 graus, fácil fica de ver onde se está melhor.
Como se o prazer da água não fosse
suficiente, acresce a oportunidade de ouro de pôr a conversa em dia com pessoas
interessantíssimas oriundas de ofícios diversos unidas pela devoção à Silveira.
Os convívios, à boa moda terceirense, são
reforçados à mesa através de almoços regulares promovidos pelos clientes
frequentes da Silveira.
Vou ser absolutamente franco: sobretudo aos
domingos, quando tento ressuscitar de noites mais espirituais e líquidas pela
conta da febre do sábado à noite, não trocava a frescura da água da Silveira
pela sensualidade, sei lá, de uma Monica Bellucci.
Nem precisas ruborizar minha querida
Silveira, mas deixo aqui a declaração de amor dos muitos banhistas que nunca te
largam: és a melhor a levarmos a banhos.
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