VIU O SEU AMIGO NO AVIÃO, MAS NA REVISTA STADIUM
Há
dias um velho amigo, radicado no estrangeiro, perguntava-me: este teu filão de
assuntos de memória ainda vai durar muito? Sem dúvida que foi uma questão de
certo modo pertinente, tendo em linha de conta a minha própria idade (68 a
caminho dos 70. Puxa esquecia-me do 69). Porém, devo dizer que a memória ainda
está ótima, mau grado um ou outro vacilo que é normal nestas circunstâncias e
ninguém poderá levar a mal. Mesmo assim, e à semelhança de
tantas outras vezes,
continuamos a levar a “Carta a Garcia”. Isto é que me satisfaz plenamente. Mais
vacilo menos vacilo mais derrapagem menos derrapagem, continuamos a deitar
“fogo à peça”, com a mesma paixão de sempre. Paixão que é uma enorme
quota-parte para o caminho do sucesso.
Por onde passamos temos sempre, ou quase sempre, um local (normalmente café) onde encontramos os amigos para uma agradável cavaqueira, mesmo que o tema por vezes não satisfaça todas as partes. Nem todos gostam de futebol, idem de política e assim sucessivamente. No Faial, por exemplo, quando treinei o Sporting da Horta, o Volga era o café preferido. Ficava ali pertinho de casa e a malta concentrava-se por ali. Na minha passagem pelo Madalena, o Tamar, e nos Flamengos o próprio café do clube. Eram os locais mais frequentados, de amigos, de adeptos, enfim, e também dos críticos crónicos, aqueles que sempre diziam mal por dizer. Os argumentos, esses raramente afloravam.
Quando passei por São Miguel, chefiando a redação do Jornal do Desporto e posteriormente o próprio suplemento do Açoriano Oriental, era quase sempre, da parte da manhã, o primeiro cliente a entrar no Cantinho dos Anjos, café do meu amigo José Manuel, com quem mantive sempre as melhores relações, inclusive com toda a família, quase sempre presente no estabelecimento. Sempre havia uma conversa com o José Manuel. Num belo dia, o JM surpreendeu-me com o seguinte: eu vi o senhor Carlos Alberto (era assim que me tratava) no avião quando regressava de Toronto para Ponta Delgada. A minha resposta foi logo esta: José Manuel eu não tenho nenhum irmão gémeo nem fui ao Canadá nessa altura. O José Manuel, homem de pequena estatura, mas dinâmico q.b. ria que se fartava e eu sério sem saber o que mais dizer. Foi então que ele, volvidos uns minutos, me esclareceu que tinha visto a minha foto na revista Stadium, publicada em Toronto, e que era distribuída aos passageiros durante os vôos de Toronto para São Miguel. Efetivamente, eu colaborava com a revista Stadium, a convite do diretor e administrador, o colega e amigo Alexandre, um moçambicano que rumou para o Canadá e que, tal como eu, foi correspondente dos jornais A Bola e Record.
Volvidos uns cinco - seis anos, sensivelmente, quando acompanhei os veteranos do Lusitânia o Alexandre, que trabalhava para o canal 20 da televisão portuguesa em Toronto, estava à minha espera no aeroporto para uma entrevista e também com mais algum elemento da caravana lusitanista. Disse-me que, num dos jogos em que lá estaria para fazer uma reportagem, teria muito gosto em oferecer-me uma camisa timbrada com Stadium. Dito e feito. Foi então que, na bancada, no intervalo desse jogo, que lhe contei a história do José Manuel via Stadium. Óbvio que o Alexandre ficou radiante porque falar do Stadium era sempre importante para ele, daí que teve grande visão em colocar a revista nos vôos para os Açores e Lisboa. Publicidade a mais nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário.
Por onde passamos temos sempre, ou quase sempre, um local (normalmente café) onde encontramos os amigos para uma agradável cavaqueira, mesmo que o tema por vezes não satisfaça todas as partes. Nem todos gostam de futebol, idem de política e assim sucessivamente. No Faial, por exemplo, quando treinei o Sporting da Horta, o Volga era o café preferido. Ficava ali pertinho de casa e a malta concentrava-se por ali. Na minha passagem pelo Madalena, o Tamar, e nos Flamengos o próprio café do clube. Eram os locais mais frequentados, de amigos, de adeptos, enfim, e também dos críticos crónicos, aqueles que sempre diziam mal por dizer. Os argumentos, esses raramente afloravam.
Quando passei por São Miguel, chefiando a redação do Jornal do Desporto e posteriormente o próprio suplemento do Açoriano Oriental, era quase sempre, da parte da manhã, o primeiro cliente a entrar no Cantinho dos Anjos, café do meu amigo José Manuel, com quem mantive sempre as melhores relações, inclusive com toda a família, quase sempre presente no estabelecimento. Sempre havia uma conversa com o José Manuel. Num belo dia, o JM surpreendeu-me com o seguinte: eu vi o senhor Carlos Alberto (era assim que me tratava) no avião quando regressava de Toronto para Ponta Delgada. A minha resposta foi logo esta: José Manuel eu não tenho nenhum irmão gémeo nem fui ao Canadá nessa altura. O José Manuel, homem de pequena estatura, mas dinâmico q.b. ria que se fartava e eu sério sem saber o que mais dizer. Foi então que ele, volvidos uns minutos, me esclareceu que tinha visto a minha foto na revista Stadium, publicada em Toronto, e que era distribuída aos passageiros durante os vôos de Toronto para São Miguel. Efetivamente, eu colaborava com a revista Stadium, a convite do diretor e administrador, o colega e amigo Alexandre, um moçambicano que rumou para o Canadá e que, tal como eu, foi correspondente dos jornais A Bola e Record.
Volvidos uns cinco - seis anos, sensivelmente, quando acompanhei os veteranos do Lusitânia o Alexandre, que trabalhava para o canal 20 da televisão portuguesa em Toronto, estava à minha espera no aeroporto para uma entrevista e também com mais algum elemento da caravana lusitanista. Disse-me que, num dos jogos em que lá estaria para fazer uma reportagem, teria muito gosto em oferecer-me uma camisa timbrada com Stadium. Dito e feito. Foi então que, na bancada, no intervalo desse jogo, que lhe contei a história do José Manuel via Stadium. Óbvio que o Alexandre ficou radiante porque falar do Stadium era sempre importante para ele, daí que teve grande visão em colocar a revista nos vôos para os Açores e Lisboa. Publicidade a mais nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário.
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