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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

terça-feira, 27 de junho de 2017

Da conceituada atriz Cidah Viana



RAFAEL - E o meu é de Túlio Rivadávia:

Sonho de arte

Arte

Artista
Sonho
Sonhador
Sonho de arte
Artista sonhador
Sonha o artista
move o mundo
o mundo de sonhos
é o mundo do artista
é o meu mundo
que antes era imundo
mas com a arte
é inundo
inundo de sonhos
inundo de cores
inundo de amores!


MADRE DELMINDA – Vocês escolheram muito bem as poesias de Jadir Vilela de Souza e Túlio Rivadávia. E já vi que vocês mergulharam no livro Olhos nos Olhos de Rosa de Freitas Souza. Tá Lindo demais. Acho que vocês podem preparar outros poemas. Teremos a maior Noite da Poesia de todos os tempos. Olha, eu tenho vários outros poemas na biblioteca. Vamos lá que eu vou ler para vocês.
JONATHAN, ANNA, GABRIEL – Ler?
MADRE DELMINDA – Em Braille.
JONATHAN – Que isso?
MADRE DELMINDA – É a escrita dos deficientes visuais. A Madre Esperanza sempre dita pra mim e eu escrevo, fica mais fácil decorar. Vamos lá que eu vou ler pra vocês e ensinar também o Braille. (SAEM)
FREI LUÍS – ENTRA COMENDO DOCE E ENCONTRA FREI ALBERTO LENDO A BÍBLIA E A NOVIÇA MARIA RITA REZANDO. – Noviça Maria Rita, a senhorita não vai preparar nenhuma poesia?
NOVIÇA MARIA RITA – Não gosto de poesia e não gosto de você.
FREI LUÍS – E de doce a senhorita gosta?
NOVIÇA MARIA RITA – Eerrr... (MOSTRA A LÍNGUA)
(FREI LUÍS SAI, ENTRAM MADRE JUSTINA E MADRE PIETRA)
(FREI ALFREDO COLOCA A BÍBLIA NO ALTAR E VAI AO ENCONTRO DELAS. MARIA RITA PEGA A BÍBLIA E A ESCONDE)
MADRE PIETRA – Frei Alfredo, eu estou preocupada com as crianças, só estudam o dia todo, acho que devem brincar, dançar... Posso fazer uma amarelinha aqui para elas? Está chovendo lá fora.
FREI ALFREDO – Aqui? Bom, se são delas o reino dos céus, quem sou eu para impedir?
MADRE JUSTINA – A Madre Pietra veio me perguntar e eu achei melhor saber a opinião do senhor. Acho que ela tem razão. Eu é que não fui acostumada a brincar, tive uma infância difícil. Difícil, porém feliz. Aliás, o poema que escolhi me lembra muito meu pai.

Engenharia
Antônio Lourenço Xavier
O meu pai desde pequeno
se envolveu com a lavoura
E não estudou pipoca nenhuma,
mas foi um grande engenheiro!
Numa cantiga desafinada
e o sorriso alegre
comandava um engenho de cana
que jorrava garapa por todo lado
tachos e mais tachos de melado
pilhas e mais pilhas de rapadura
e era tanta fartura,
que adoçava o sorriso de todas as pessoas
que apareciam lá em casa
e ainda atravessava o curto caminho
e abastecia o povoado vizinho.
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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