Dona Raimunda
Né brincadeira. Moleque apronta cada uma sem saber aonde o machucado
dói. Ele de certo modo tudo registra, passa a peteca a frente, sem nada aferir
devido sua inocência e, sobretudo ele quer falar muito mais, e ir muito além.
Porém creio que depende muito de seus pais, não quero ser melhor, nem o pior
também tenho meus erros.
E assim, eu recordo de quase todos meus momentos, das demais crianças do
meu tempo de criança o que de repente fazíamos quando criança, dos pequenos
delitos, e das infrações acometidas, do pique esconde, dos cozinhados, e de
alguns adultos daquela época que tanto mexiam com a mãe da lua de forma
sarcástica, zombeteira das meninas, onde uma das meninas de outra classe era
muito maltratada.
E a professora de certo modo nada fazia, e se muito dizia apenas,
meninos parem com isto. Naquela época não se falava sobre Bullying, ou coisa
parecida. Mas eu recordo muito bem que chamavam uma de minhas amigas de mãe da
lua. Mãe da lua era uma jovem moça, aparentemente idealista que sonhava com
todas as moças serem estrela de cinema, e ser muito famosa, no mundo todo
devido assistir muita TV, e suas novelas preferidas onde muito de tudo víamos.
Hoje o Cauã Reynolds, este então está com a bola cheia, e assim queria
esta aprender línguas, para falar outros idiomas. No entanto, mãe da lua, a
chamava assim por querer menosprezar uma menina de sonhos alegres que mesmo não
tendo tanta beleza seu interior mostrava requintes de além mar. Ela de fato
sabia mexer com a cabeça dos meninos e de vez enquanto partia para cima de um
dos meninos. Nem era bela nem feia, dava para unir o bom e o ruim. Era tal qual
Dona Raimunda...
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