ROBERTO CARNEIRO INOCENTE
MINISTÉRIO
PÚBLICO PEDIU ABSOLVIÇÃO
NÃO houve dolo.
Assim se poderá resumir o texto da alegação final do procurador-geral do
Ministério Público, quinta-feira, no tribunal da Boa-Hora, onde decorre o
julgamento de Roberto Carneiro, acusado de crime de peculato, no âmbito do
polémico ”megaprocesso” Indesp.
A surpresa, para quem acompanhava o processo, não foi a conclusão (esperada) da
inocência do ex-ministro da Educação e ex-titular da pasta do Desporto, mas o
facto de ter sido a própria acusação a pedir a absolvição de Roberto Carneiro.
O procurador do Ministério Público reiterou que os despachos em julgamento eram
”ilícitos”, e falou de ”negligência” por parte do gabinete de Roberto Carneiro,
mas chegou à conclusão que ”não se verificou crime de peculato.”
Roberto Carneiro pode então dar azo à sua ”indignação” pela forma como o
processo terá sido conduzido. ”Indignação, não pelo julgamento, mas por tudo
aquilo que aqui se passou já poderia ter sido provado há cinco anos atrás”,
declarou Roberto Carneiro, acrescentando: ”Desde Maio de 1996 que tenho vindo a
ser obrigado a conviver com uma acusação absurda e injusta. Mas não se trata de
não provar o dolo, o que houve foram provas abundantes do contrário. Provou-se
que havia intenção de organizar o sistema, ordená-lo para que pudesse melhorar.
O que é estranho é que nestas variadíssimas sessões todos os depoimentos que
aqui passaram não tivessem trazido qualquer novidade.”
segunda-feira, 16 de maio de 2011
‘Pedro
Passos Coelho exigiu esta segunda-feira uma auditoria externa ao programa Novas
Oportunidades. Falando perante professores num almoço em Vila Franca de Xira, o
líder do PSD considerou que o programa tem sido no essencial uma "mega
encenação paga a peso de ouro" para "atribuir uma credenciação
à ignorância".’
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O Programa Novas Oportunidades tem
mais 1.200.000 pessoas inscritas e mais de 500.000 pessoas certificadas com o
9.º ou o 12.º ano. E é a todas essas pessoas, mas também aos professores,
formadores, às escolas e centros de formação profissional e às empresas que
aderiram à Iniciativa Novas Oportunidades que PPC acusa de fazerem parte de uma
“mega encenação”.
Isso só por si seria grave e mais uma prova de que pouco distingue este PSD do
PSD do rasgar e romper de 2009, mas há mais: PPC exige uma avaliação externa¹
da Iniciativa Novas Oportunidades e esta é uma exigência ignorante.
É que existe uma avaliação externa das Novas Oportunidades que foi encomendada
em 2008 à Universidade Católica Portuguesa (também fará parte da encenação?) e
que é coordenada pelo Eng. Roberto Carneiro (outro desses políticos com
experiência governativa, no caso o VI, o VIII e o XI Governo Constitucionais
liderados por Pinto Balsemão e Cavaco Silva).
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