O reconhecimento que eles merecem
ROBERTO CARNEIRO – Interessante numa foto antiga ver o meu amigo de infância, Roberto Artur Carneiro. Foram muitas as tardes que passamos juntos na sua casa, sita no Caminho Novo, Corpo Santo. Os amigos eram sempre bem recebidos por sua extremosa mãe e o pai, o Maestro AT.Carneiro. Roberto com a mãe no futebol. Tinha que ser mesmo a mãe a acompanhá-lo, isto porque o Maestro AT.Carneiro não eram homem de "futebóis". Uma grande dedicação à música.
Vou deixar aqui a parte final de um artigo que escrevi e publicado em A União, relacionado com Roberto Carneiro:
Roberto Carneiro esteve na Terceira ainda como Ministro da Educação. Encontrei-o no antigo Rink de Patinagem (hoje o pavilhão com o nome do Luís Bretão) na companhia do José Duarte Costa e, não perdendo a oportunidade, com ele fiz uma entrevista para a Rádio Horizonte-Açores. Uns dias antes, porém, havia publicado um HOJE JOGO EU em “A Bola” (bastante extenso em relação a outros que foram publicados) no qual contava parte dessas histórias hoje aqui narradas. Histórias que sempre gostamos de trazer ao convívio dos nossos leitores. Há os que vão gostando, outros talvez não. Deus o TODO PODEROSO também não agradou a todos. E eu não sou, nesta área jornalística, um “Deus Ex-machina”.
O JOSÉ GRANDE DA RIBEIRINHA (RIP) - Curiosamente, neste final de semana, quando passei pela Casa dos Açores do Rio de Janeiro falou-se do conhecido "José Grande" da Ribeirinha. E como ali estava em maioria gente da Ribeirinha, óbvio que veio à fala esse extraordinário homem. De fato, o senhor José sempre se revelou uma pessoa calma e, também, um acérrimo defensor da sua freguesia, não esquecendo o "seu" Lusitânia. Muitas vezes estava eu na cabina da imprensa no Campo Municipal de Angra e dizia para os meus colegas: olha ali no peão a "torre da Ribeirinha". Referia-me exatamente ao senhor José de quem sempre recebi um carinho muito especial. Pela sua altura, e também em função desta foto que reproduzimos, foto essa que percorreu todas as ilhas e não só, o "José Grande" transformou-se numa figura muito popular. E não foi difícil juntar o "José Grande" com o não menos célebre anão da ilha de São Jorge. Belos tempos!
RADIALISTA FLORIVAL BETTENCOURT SANCHO (RIP) - Confesso que fiquei a dever muito a este cidadão de nome Florival Bettencourt Sancho. Graças a ele, e ajuda de outros (nomeadamente o Dr. Henrique Henriques Flores, Nuno Monteiro Paes e José Xavier Lopes) com informações consentâneas, entrei para a Junta Geral logo após ter regressado de Angola, isto em 1967. Cheguei em Abril e em Junho dava entrada na Junta Geral de Angra do Heroísmo, presidida pelo Dr. Agnelo Ornelas do Rego e chefe de secretaria Alberto Louro da Silva Lopes, que, também, foi um dos maiores mentores para a minha entrada na referida instituição pública.
Florival Sancho, foi sempre um verdadeiro amigo, colaborante quando eu necessitava de sair para fazer jornalismo. E recordo-me que, em Setembro de 1973, quando fui convidado para assistir à festa do Eusébio, contei com a sua ajuda no sentido de ficar em Lisboa 15 dias, de licença particular. Hoje podemos falar nisso. E muito mais fez por mim em termos de dispensas do serviço. Ele sabia que eu já tinha uma enorme paixão pelo jornalismo. Ademais foi um excelente conselheiro. visto que passou a ser, assiduamente, um dos meus leitores.
Estava eu em São Miguel na chefia do Jornal do Desporto, em 1991, quando soube que Florival Sancho tinha sido transferido para o hospital de Ponta Delgada gravemente doente. Uns dias depois, encontrei o filho Filipe Sancho na Rua Machado dos Santos que me dava esta triste notícia: meu pai acabou agora de falecer. Um choque grande. Passei o dia no jornal com um forte ar de tristeza por ter perdido alguém que muito me ajudou no início da minha vida. BEM HAJA Florival Bettencourt Sancho. Descansa em Paz. És sempre recordado como amigo do coração e um talento da nossa terra. Amém!
ANTÓNIO MARIA MENDONÇA “O TRAVAÇOS” (RIP) - Foi uma loucura esta vinda do Sporting Clube de Portugal à ilha Terceira, para mais que englobava na sua equipa o José Travaços (era assim que se escrevia na altura), que passou a ser conhecido por "Zé da Europa".
Muita gente se lembra do António Maria Mendonça. que trabalhou no Café Atlântico (grande jogador de bilhar às três tabelas) e, mais tarde, nos Serviços Municipalizados de Angra. Infelizmente já falecido. Ora, António Maria um sportinguista dos sete costados e, também, um dos maiores fãs de José Travaços, daí que lhe alcunharam por Travaços. Assim sendo, o nosso saudoso amigo António Maria arranjou uma forma de trazer o Travaços até à sede do Lusitânia num cortejo automóvel que saiu da BA4 (antiga aerogare). O José Travaços num carro descapotável. Nesse dia, e naquele momento, a cidade de Angra parou para presenciar a chegada do já famoso "Zé da Europa". Acresce que José Travaços não veio com a comitiva do Sporting, mas sim dois dias depois, creio eu. E assim, obviamente, o Travaços de Angra concretizou o seu sonho em abraçar pessoalmente o ídolo de que muito falava no Café Atlântico e não só.
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