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sábado, 20 de outubro de 2018

Venha tomar um café comigo - DOUTORA BERNARDETE CAVALCANTI



Colaboradora deste Blog com excelentes poemas. Uma formação digna dos maiores encómios. Afinal, quem é Bernardete Cavalcanti?

Quem é Bernardete Cavalcanti?

                                                    
Fui a primogênita de um casal bastante peculiar ; ou seja, um Pernambucano culto, formado em Direito e uma Cearense, simples e com pouco estudo. A família constituída por cinco filhos legítimos e dois adotados passou por dificuldades na cidade de Campina Grande, Paraíba. Portanto, eu me considero pobre e rica ao mesmo tempo. Pobre, de berço porque em fins da década de 40 as famílias tinham um menor poder aquisitivo e o número de pessoas em casa contribuía à diminuição na renda familiar. Rica porque, cercada de livros, tive a oportunidade de me enriquecer com a leitura e daí foi um pulo para as demais atividades de minha vida. Sou um misto de mulher prática devido à formação em Área Tecnológica (Engenharia) e de uma romântica idealista (por natureza). Sempre busquei aprender e me acerquei de pessoas mais velhas que pudessem me proporcionar um pouco de seus conhecimentos de vida. Segui muito os conselhos e o exemplo de honradez, ética e dignidade que meu pai (Juiz de Direito) auferiu á todos nós os Cavalcantis. Fui e ainda sou orgulhosa de minha ascendência do lado paterno: Cavalcanti descendente de Filippo Cavalcanti que chegou ao Brasil em 1585 e de seu parentesco com o poeta toscano Guido Cavalcanti e do lado materno de meu pai sou descendente de Frei do Amor Divino Caneca, um dos primeiros mártires da Independência do Brasil.

Busco sempre cooperar, ajudar e aconselhar tanto os ex – alunos como os colegas que ainda entram em contato comigo na Àrea Tecnológica. Considero que parte de minha missão neste Planeta já foi cumprida mas, há ainda a necessidade de compartilhar mais . A idade avançando e os problemas que surgem inerentes à essa condição biológica, às vezes, me obrigam a diminuir o meu ritmo de trabalho. Gostaria de produzir mais e esse assomo, essa ousadia que às vezes se evidencia em meu caráter fazem – me parecer mais jovem e me satisfaz porque, dessa forma, tenho mais coragem para enfrentar as adversidades da vida.

E ela, saboreando o cafezinho, vai nos dizendo:

Sou ainda engenheira, mas também fui por mais de 40 anos Professora tanto de Matemática para alunos do ginasial em Escola Estadual, para Auxiliares de Enfermagem como para alunos de graduação e, depois de mestrado na Escola Politécnica. Cheguei a orientar 12 Dissertações de mestrado. Fui agraciada com homenagens pois ajudei a implantar em duas Universidades diferentes (Federal e Estadual) Cursos de Mestrado em Engenharia Sanitária. Sempre gostei de ensinar. Depois os anos vieram e pesaram. Aqui não é como na Europa cujos professores aposentados podem ainda contribuir.Contudo, no âmago do coração, gostei demais de ser Professora de Matemática (a primeira excetuando uma senhora freira do Colégio Imaculada Conceição) para aqueles jovens adolescentes que usavam brilhantina, camisa branca de mangas arregaçadas, mascavam chicletes, mas respeitavam os Professores!!!!. Meu poema para nós de uma classe tão agredida e tão sofrida e que, no Japão, até o Imperador se curva perante eles!!!!
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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