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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Copa América - Brasil estreia-se com vitória (3-0)


Muita expectativa em torno da estreia do Brasil nesta Copa América no esgrimir com a Bolívia. E, como sabe, em competições desta natureza é sumamente importante vencer o primeiro jogo. Digamos um grande passo para a passagem à segunda fase, com dois apurados de cada grupo. Por outro lado, como país anfitrião o Brasil tinha como principal objetivo sair vencedor da competição, uma tarefa nada fácil em função de, entre outros problemas, ter perdido a sua principal pedra-basilar, Neymar Júnior e, posteriormente, a lesão de Artur que acabaria por não fazer parte do onze inicial, segundo o que foi transmitido pela Comissão Técnica. Mas nestas coisas há sempre um "bluff", se bem que, em relação ao Artur, estava descartado esse mesmo "bluff". Podia isso sim fazer parte do boletim do jogo e, concomitantemente, no banco dos suplentes - reservas para os brasileiros.

Para o lugar de Artur, o técnico Tite optou por Fernandinho. Residia a dúvida entre Allan e Fernandinho. Roberto Firmino no lugar de Gabriel de Jesus. Estas as duas alterações processadas por Tite.

O BRASIL - BOLÍVIA -  Com o Morumbi (São Paulo) lotado, o Brasil, que nunca perdeu neste estádio, queria dar uma alegria aos seus adeptos nesta estreia da Copa América. Há 55 anos que a Seleção do Brasil não perde em São Paulo. Significativo.

No início do jogo boas indicações da "canarinha"com o tão conhecido passe-e-desmarca com bola de pé-em-pé. Brasil que procurava o golo logo nos minutos iniciais, próprio desejo do técnico Tite, ou seja, marcar cedo para tranquilizar cada vez mais o time. Mas o Brasil encontrou pela frente uma Bolívia com um sistema hermético em frente à sua grande área. Isto quer  dizer, "trancada", ou então utilizando um termo muito comum, isto é, com o "autocarro postado na sua zona defensiva". Por ali, um emaranhado de jogadores bolivianos. Assim sendo (e era), o Brasil alugando meio-campo, tal foi o seu balanceamento para o ataque. Apesar do seu domínio, o Brasil com dificuldades para encontrar espaços para penetração. E assim a Bolívia levava a água-ao-seu-moinho ao manter o zero-zero. E assim a Bolívia sai para o intervalo com um sorriso nos lábios ao não sofrer qualquer golo. E sabem o que aconteceu quando o árbitro argentino deu por finda a primeira-parte? Vaias e mais vais para a "canarinha" (neste jogo de branco).

A SEGUNDA - PARTE - Com o 0-0 verificado nos primeiros 45 minutos, uma certa apreensão nas hostes brasileiras. Como tal, nada melhor que para acalmar os ânimos o aflorar do tão almejado golo. E veio um lance dentro da grande área da Bolívia que mereceu intervenção do VAR e o árbitro assinalou a respectiva grande penalidade. Mão de um defensor boliviano. Aos 49 minutos, finalmente o golo apontado por Filipe Coutinho. A tal grande penalidade que contou com a ajuda do VAR.

Desfeito o 0-0, restava saber se a Bolívia iria abdicar do tal hermetismo que falamos no início e que deu para manter o 0-0 até ao intervalo. E foi isso mesmo. Abriu a Bolívia na defesa e, aos 52 minutos, Filipe Coutinho, de cabeça, a fazer o 2-0. E aqui a tal referência anterior: O Brasil necessitava  criar espaços, como veio a acontecer nos lances gizados e que originaram os dois golos no espaço de quatro minutos.

Com Firmino apagado no jogo, Tite fez entrar para o seu lugar Gabriel Jesus quando eram decorridos 63 minutos de jogo.

Apesar de manter o seu domínio, o Brasil, que melhorou a sua exibição, ainda buscava mais golos, jogando com o regulamento da prova em termos de saldo de golos. 

Aos 80 minutos, sai David Neres e entrou Everton. Aos 82 minutos, William no lugar de Richarlison.

E quando se falava da importância do saldo de golos nas contas finais, o recém-entrado Everton aumentou o "placard" com um golaço de se lhe tirar o chapéu. Que belo golo para espectador aplaudir. E este 3-0 vem premiar o melhor rendimento do Brasil na etapa complementar, criando os tais espaços que faltaram durante toda a primeira-parte.

Na terça-feira, dia 18, em Salvador da Bahia, o Brasil defronta a Venezuela.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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