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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Da poetisa-escritora Bernardete Cavalcanti - AS NUVENS



 AS NUVENS
São elas que me deixam fascinada;
Andam empurradas pelo vento;
Trazem boas memórias ao meu pensamento;
Gosto de vê - las de minha varanda
quando o entardecer está surgindo
Parecem que choram quando estão sumindo,
Lágrimas traduzidas por pingos caindo
que se espalham pela rua e pela calçada
Queria voar com todas elas,
Sair sem rumo e sem direção;
Acompanhar o que elas veem em sua caminhada
Esse desejo é validado por meu suspirar
Sei que com elas poderei aprender,
Ao ver, lá de cima, fome e desilusão
Gente que se debruça em várias janelas,
também seguem - nas com seu olhar
Não sei se estão também a pensar
como seria sem haver nuvens a vagar
Sobre o mar, a visão é tão bela!
Às vezes, se refletem sobre o manto de água
e, dessa forma, levam prantos e mágoa
que se diluem na imensa vastidão
da massa de água que está a se espalhar!
Nuvens que entendem meu sofrer
Nuvens que me inspiram no meu viver!

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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