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terça-feira, 2 de julho de 2019

Copa América, semifinal - Brasil na final ao derrotar a Argentina


Qualquer competição entre seleções e sob a égide da Federação Sul-Americana de Futebol, sem um Brasil-Argentina e vice-versa perde um pouco daquela essência competitiva e de uma rivalidade que jamais será apagada pelos tempos fora. E, nesta edição da Copa América de 2019, muito se desejava um confronto entre estas duas potências do futebol mundial. Assim, em função dos resultados das quartos-de-final, Brasil e Argentina a discutir o passaporte para a final. Um confronto sempre apetecido e, neste caso, para muitos uma final antecipada.

O BRASIL - ARGENTINA -  O Brasil contou com o regresso do excelente cabeça de área, Casimiro, ausente do jogo ante o Paraguai pelo facto de estar suspenso. Por outro lado, o "escondidinho" de Tite no que concerne à posição de lateral-esquerdo, tendo optado por Alex Sandro em detrimento de Felipe Luís.

Nestes confrontos entre brasileiros e argentinos, já com uma longa história, sempre importante cometer-se o menor número de erros. Depois, aplicando aquela raça que sempre caracteriza o futebol sul-americano. E isso impunha-se em mais este embate que ditaria um dos finalistas desta competição.

Mas um Brasil - Argentina e vice-versa, tem sempre situações com agressividade a mais. Uma coisa é agressividade na bola e outra com o intuito de atingir o adversário. E, hoje, começaram cedo os argentinos e, claro, que do lado do Brasil a resposta não  fez sentir. Mas também temos que dizer que essas situações não atingiram rigorosamente as raias da violência.

A Argentina estava, paulatinamente, a revelar-se mais perigosa nas saídas para o ataque, mas sempre com a pronta resposta do Brasil, o que equivale a dizer que presenciávamos um jogo de parada e resposta e que poderia ser resolvido nos detalhes. Nos detalhes? Sim. E foi assim que o Brasil inaugurou o marcador por intermédio de Gabriel Jesus. Uma jogada plena de rapidez, com menos de 20 minutos de jogo. Muito boa a movimentação dos avançados brasileiros. Um dos tais detalhes... 

A Argentina não acusou o toque e também insistiu no ataque. Num desses lances de bola lançada para a área brasileira a mesma bateu na barra transversal da baliza de Alisson. Uma fase em que o Brasil estava um pouco acomodado em função do golo apontado. E mais: a Argentina começava a ter mais espaços de manobra, aumentando a sua pressão.

A SEGUNDA - PARTE -  Éverton foi substituído por William. Éverton que, de facto, não apareceu neste jogo.

Ora, em relação aos últimos 15 minutos da primeira - parte, nada mudou, ou seja, a Argentina mais pressionante, beneficiando de espaços de manobra que não podiam acontecer, sobretudo no último terço do gramado. E quando Messi anda por ali, o perigo sempre espreita.

Mas foi o Brasil que, até ao momento, desfrutou da mais clara oportunidade, com Coutinho a rematar por cima da baliza. E tudo começou com o futebol tabelado. Mas futebol é isto, emoção e mais emoção. Na resposta a Argentina levou a bola a bater na trave da baliza de Allison, num lance protagonizado por Messi. 

Com a Argentina em crescendo, o técnico fez entrar Di Maria no lugar de ACunha que já tinha cartão amarelo. 

No Brasil, Marquinhos lesionou-se e foi rendido por Miranda.

Bem vistas as coisas, estava a ser um jogo sofrido para o Brasil, uma vez que a Argentina estava mais balanceada para o ataque. Mas Brasil tem craques que também fazem a diferença. Jogada impressionante de Gabriel Jesus, saída em velocidade e tocou a bola para a esquerda onde estava Roberto Firmino que se limitou a empurrar para o fundo da baliza. Que grande jogada de Gabriel Jesus. Um 2-0 para tranquilizar a seleção brasileira. E a Argentina com este golo, começou a perder a cabeça. É sempre assim, quando estão na posição de vencidos.

O Brasil fez a sua última alteração, entrando Allan para o lugar de Gabriel Jesus, que saiu lesionado. 

A perder por 2-0, a Argentina veio para a frente com o tudo ou nada para diminuir o prejuízo, mas o tempo, para o efeito, já era pouco, se bem que o futebol é uma negação do impossível.

Com esta vitória, indiscutível, o Brasil estará na final no próximo domingo. Chile ou Peru, um deles acompanhará o Brasil. Amanhã teremos então o Chile - Peru.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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