Por Niterói devo dizer que foi amor à primeira vista. O aroma do mar, as caminhadas matinais pelo calçadão de Icaraí me fascinavam. E o curioso é que, nas caminhadas, deparava com muita gente conhecida que não descurava essa prática tão salutar para a saúde. Gente de todas as idades caminhando em Icaraí e saboreando uma boa água de coco. E eu tinha a minha barraca preferida, a do Miguel, meu velho amigo, que sempre me sacaneava quando o Vasco perdia. De resto, eu também contra-atacava quando o Flamengo era derrotado, visto que o Miguel é um ferrenho flamenguista, mas boa gente manda a verdade dizer. A barraca dos cocos do Miguel era a mais procurada, tudo isto porque o Miguel e o filho (Miguelzinho) cativavam as pessoas pela sua afabilidade. Sempre com um sorriso nos lábios.
Andava num vaivém entre Niterói e o Rio de Janeiro, utilizando, para o efeito, as barcas que levavam na travessia o máximo 20 minutos. Não havia congestionamento nem poluição, ao invés do que se passava quando utilizava (raramente, é certo) a ponte que liga Niterói ao Rio de Janeiro, Uma ponte que, durante a sua construção, ceifou algumas vidas. Mas é uma grande obra nesta ligação Niterói-Rio e vice-versa e, também, quem sai do Rio com destino à Região dos Lagos, o que acontece com muita frequência nos finais de semana e nos feriados prolongados. De resto, sabe-se que o Brasil é um país de muitos feriados. É um exagero.


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