O prometido é devido. Satisfazer a curiosidade da
Jaqueline em relação ao senhor que ela muitas vezes, digamos diariamente, via à
porta do Café Aliança distribuindo panfletos, o mesmo se dizendo no interior do
café. Afinal, trata-se de Orlando Melo que sempre foi um aficionado
presente. Quantas vezes estava na antiga Praça de São João brincando aos
touros? Por brincadeira (inventada ou não pelo nosso amigo José Gabriel Pires dos
Santos, vulgo "perna branca", já falecido), comentava-se nas
cavaqueiras do café do Machado (Alto das Covas) que, num belo dia, a mãe do
Orlando entrou na praça para chama-lo e que teve este desabafo: "credo o
meu filho a servir de touro". De fato, o Orlando estava ali para fazer
parte de um treino de um candidato a toureiro amador, cujo nome já não me
lembro. Na altura em que a mãe ali surgiu, o Orlando vestia a pele de touro.
Foi, também, árbitro de futebol, ajudou no que podia, procurou sempre fazer o
seu melhor, mau grado o facto de ter alguma dificuldade visual. Mas sempre ia
dando conta do recado, com maior ou menor dificuldades.
É justo, pois, que eu pessoalmente, à semelhança do que outros já o fizeram,
prestar o meu sincero testemunho de amizade a Orlando Melo aqui nesta conversa
com a Jaqueline que ficou satisfeita com a passagem deste meu testemunho.
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