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485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Encontro número 9


Naturalmente que eu e a Jaqueline nunca nos desviamos do respectivo encontro no Café Aliança, desta feita não entramos porque propus uma volta pelo centro da cidade com o fito de lhe mostrar onde funcionavam barbeiros e casa de bordados, o que, atualmente, não existe.

Demos uma volta pela Rua de Santo Espírito, um cumprimento à estátua do Vasco da Gama. E foi ali que comecei por dizer que funcionava a barbearia do Mestre Rocha, pai do falecido Dr. José Henrique da Rocha Lourenço. A barbearia tinha uma porta com ligação para o Café Atlântico. Era interessante.

Depois, virei para a Rua das Minhas Terras e apontei para o lugar onde estava a barbearia do Mestre Mário “Galhé” que morava na Rua dos Canos Verdes. 
Uma volta pela Rua de São João e entramos na Rua da Sé, a principal do burgo angrense. Subi pelo lado esquerdo. Ali ao lado da ainda existente Farmácia Central a barbearia do Joel Gomes onde paravam muitos jovens da zona e onde, também, se falava de futebol. Ele e o irmão Orbelo Gomes jogaram no Lusitânia e emigraram para os Estados Unidos. Atravesso a rua e onde está uma repartição oficial (também foi escritório da TAP), a barbearia do Cristiano Machado Romeiro, muito sofisticada. Viramos para a zona onde está o Teatro Angrense e dei um lamiré da casa de bordados do João Leite, onde trabalharam minha avó paterna e minha mãe. João Leite pai do conceituado historiador Dr. José Guilherme Reis Leite. 

Atravessei para o outro lado e fomos parar bem em frente à então localização da barbearia do Damião Eloy Borges Moniz, pai do Armindo (“O Espada”). Ali eu parava muitas horas. Mais acima a barbearia da família do António “Mokuna”. Trabalhavam o pai e os irmãos, todos sportistas e consequentemente benfiquistas.

Fui mostrar à Jaqueline na Rua do Rego o edifício onde estava a casa de bordados do Luís Brandão, casa essa que tinha como principal funcionário o meu querido amigo José Henrique Pimpão que a Jaqueline bem conhece.

No regresso, não podia deixar de lhe mostrar na Rua de Jesus outro local referente à casa de bordados do João Pimentel e em cujo edifício funciona outra repartição pública.

Desci a Rua da Rosa e, claro, apontei para a antiga casa de bordados do Manuel Ribeiro e José Lúcio de Freitas. Manuel Ribeiro pai do Zeca Berbereia. E já agora Manuel Ribeiro irmão do conceituado músico Diamantino Ribeiro que morava no Corpo Santo, bem pertinho da minha casa.

Quando já estava a poucos metros do Café Aliança para tomarmos a bica da ordem, lembrei-me da barbearia do pai do Aniceto e Carlos Batista, um pouco acima da Loja do Adriano. Lá fomos para encerrarmos esta “peregrinação” por algumas barbearias e casas de bordados que funcionavam no centro da cidade de Angra do Heroísmo.

Foi um encontro diferente, sem, contudo, deixarmos de “assinar o ponto” no Café Aliança. E os dois cafezinhos da ordem foram bem servidos pelo Carlos Henrique. Sobre este funcionário, a Jaqueline quer saber algo. Falaremos brevemente. É uma curiosidade da Jaqueline.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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