Uma das coisas que temos em comum reside na “pontualidade britânica”. Quando chegamos ao Café Aliança, logo o Carlos Henrique fez-me sinal se eram dois cafés. Confirmei. A Jaqueline queria mesmo um café forte para despertar. Eu, idem, idem, aspas, aspas. Esse cafezinho do Café Aliança é tão saboroso. Inclusive, a Jaqueline perguntou se o café era brasileiro? Claro que não. A pergunta, quiçá tinha a ver com as muitas vezes que o José António Pacheco veio ao Brasil e, claro, podia ter conseguido uma representação. Nada que não pudesse ser.
Jaqueline voltou a referir-se à minha infância e se, hoje, ainda estão por lá alguns desses amigos, naturalmente para a minha idade e pais de filhos. Porque o Corpo Santo mudou muito, informei a Jaqueline que apenas meia-dúzia desses amigos ainda por lá andam. O Corpo Santo perdeu toda a sua essência de bairro movimentado e com uma cultura apreciável. Jaqueline não sabia, por exemplo, que o Roberto Carneiro fez parte da nossa infância, morando no Caminho Novo ali perto da Ermida da Boa Viagem. Uma figura muito querida. Roberto Carneiro que foi um dos mais brilhantes alunos do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. E ficou tão surpreendida quando adiantei que é pai de onze filhos, ele que é filho único. Quem diria. E a Jaqueline, com risada, saiu-se com esta: “O ‘chinoca’ é terrível para a brincadeira”. Onze filhos é obra!
PS – Combinei com a Jaqueline para que estes nossos papos não obedecessem a uma ordem cronológica. Podemos andar para a frente, para traz e assim sucessivamente.
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