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domingo, 8 de dezembro de 2019

Encontro número 17



Jaqueline fez-me recordar que, durante a minha recente permanência na Terceira, estava quase sempre no café com o Fernando Maciel, entre outros. Disse-lhe que se tratava de um companheiro que, como radialista, dignificou os Açores ao serviço da Antena 1 no Porto. Foi na estação oficial uma das figuras de proa.

Jaqueline, que não é muito jovem, recorda-se do Fernando Maciel, do irmão Amilcar e da irmã Rosa Eduarda.

Fomos trocando impressões sobre o Fernando Maciel e acrescentei que, normalmente, de maio a novembro, está da ilha Terceira, regressando depois à Cidade Invicta. Um ritual já de alguns anos, naturalmente depois de se ter aposentado.

Por fim, coloquei em cima da mesa uma nota que escrevi sobre o Fernando:
Há sempre um amigo e um companheiro para nos socorrer. É inegável. Para mais um conterrâneo. Ora, em 1997, numa eliminatória para a Taça de Portugal, acompanhei o Lusitânia a Paranhos onde defrontou o Sport Comércio e Salgueiros, ainda na divisão principal do futebol português. Um jogo que acabou por ser interessante de seguir, sorrindo a vitória ao Salgueiros por 1-0. Como sempre fazia, comigo levei para o estádio o meu computador portátil para alinhavar a crónica à medida que o jogo decorria. Foi para isso, e outras tarefas, que os computadores foram inventados. Ser editor e estar fora do jornal (regional) é sempre complicado, daí a necessidade de um contato periódico (para mim de 15 em 15 minutos) com a redação. Aconteceu, porém, que o meu telemóvel ficou sem créditos e, claro, mais uma preocupação para juntar a tantas outras. Valeu-me, na circunstância, o amigo, conterrâneo e companheiro, Fernando Maciel Costa  que ali estava ao serviço da Antena 1. Fui usando o seu aparelho sempre que era necessário. Inclusive, o Fernando Maciel ainda esperou que eu encerrasse a minha crônica e, depois de enviá-la, via internet (no estádio tinha linha telefónica, valha-nos isso), ligar de novo para o jornal a dizer que tinha seguido e quais as fotos de arquivo a colocar na mesma.

Sendo Fernando Maciel um nosso conterrâneo que também deixou durante muitos anos, radiofonicamente falando, a performance do seu “savoir faire”, não podia esquecê-lo neste ciclo de homenagens. O preito da minha gratidão por me ter desenrascado em pleno estádio do Sport Comércio e Salgueiros. Valeu!


Jaqueline acrescentou: a isso se chama pura camaradagem. Parabéns, Fernando, parabéns, Carlos.

Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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