Jaqueline fez-me recordar
que, durante a minha recente permanência na Terceira, estava quase sempre no
café com o Fernando Maciel, entre outros. Disse-lhe que se tratava de um
companheiro que, como radialista, dignificou os Açores ao serviço da Antena 1
no Porto. Foi na estação oficial uma das figuras de proa.
Jaqueline, que não é muito
jovem, recorda-se do Fernando Maciel, do irmão Amilcar e da irmã Rosa Eduarda.
Fomos trocando impressões
sobre o Fernando Maciel e acrescentei que, normalmente, de maio a novembro,
está da ilha Terceira, regressando depois à Cidade Invicta. Um ritual já de
alguns anos, naturalmente depois de se ter aposentado.
Por fim, coloquei em cima
da mesa uma nota que escrevi sobre o Fernando:
Há sempre um amigo e um
companheiro para nos socorrer. É inegável. Para mais um conterrâneo. Ora, em
1997, numa eliminatória para a Taça de Portugal, acompanhei o Lusitânia a
Paranhos onde defrontou o Sport Comércio e Salgueiros, ainda na divisão
principal do futebol português. Um jogo que acabou
por ser interessante de seguir, sorrindo a vitória ao Salgueiros por 1-0. Como
sempre fazia, comigo levei para o estádio o meu computador portátil para
alinhavar a crónica à medida que o jogo decorria. Foi para isso, e outras
tarefas, que os computadores foram inventados. Ser editor e estar fora do
jornal (regional) é sempre complicado, daí a necessidade de um contato
periódico (para mim de 15 em 15 minutos) com a redação. Aconteceu, porém, que o
meu telemóvel ficou sem créditos e, claro, mais uma preocupação para juntar a
tantas outras. Valeu-me, na circunstância, o amigo, conterrâneo e companheiro,
Fernando Maciel Costa que ali estava ao
serviço da Antena 1. Fui usando o seu aparelho sempre que era necessário. Inclusive,
o Fernando Maciel ainda esperou que eu encerrasse a minha crônica e, depois de
enviá-la, via internet (no estádio tinha linha telefónica, valha-nos isso),
ligar de novo para o jornal a dizer que tinha seguido e quais as fotos de
arquivo a colocar na mesma.
Sendo Fernando Maciel um nosso conterrâneo que
também deixou durante muitos anos, radiofonicamente falando, a performance do
seu “savoir faire”, não podia esquecê-lo neste ciclo de homenagens. O preito da
minha gratidão por me ter desenrascado em pleno estádio do Sport Comércio e
Salgueiros. Valeu!
Jaqueline acrescentou: a
isso se chama pura camaradagem. Parabéns, Fernando, parabéns, Carlos.
Sem comentários:
Enviar um comentário