Na praia, numa mureta sentada,
vi um barco à vela lutando contra o vento.
Atentei - me àquela luta em alto mar.
O barquinho balançava e tentava se aprumar.
O vento era forte e sibilava sem parar.
O mar não era mais azul e nem cristalino,
pois coberto de nuvens densas a passar,
adquiriu um tom escuro e até sombrio.
Não há outra explicação!
O barco se perdera de sua direção!
O vento o empurrava como um felino,
tentando, talvez, o desequilibrar!
Senti - me impotente por não poder ajudar
A cena trouxe - me ao pensamento,
a luta de cada ser no dia a dia,
tentando com muito esforço se erguer.
Uma luta heroica e muito feroz
que, ao ser vencida, leva à euforia
Tudo tem um propósito de assim o ser,
e, nesta vida efêmera e de dor atroz,
até um pequeno fato pode ser pavio,
de vários outros em sucessão!
Mas, no fim vem a alegria,
de poder, com garra, sair vitorioso
quando a vida se torna abençoada
e o viver, de forma airosa,
se torna agradável até o desaparecer!
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