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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

A Live-41 do maestro Eduardo Lages - Antes de partir para a Live viu o golo do Flamengo


 A Live-41 do maestro Eduardo Lages 

Antes de partir para a Live viu o golo do Flamengo


INTRÓITO - Muitas vezes se cogita que a vida de maestro é um mar de rosas. Mas não é bem assim. Há que ter, seguramente, muita tranquilidade quando partem para um espetáculo, maior incidência nos 10 minutos que antecedem o mesmo. Ele não é diferente de outros, isto é, também lhe passa, embora momentaneamente, um friozinho pelo estômago.

Eduardo Lages dá-nos uma luz sobre isso...

“Amigos, não é fácil a vida de roteirista e diretor musical de show de Roberto Carlos. É uma encrenca.... Após anos e anos ouvindo reclamações de fãs, jornalistas, parentes, pessoas na rua me parando pra perguntar porque ele não canta essa música ou outra..... e o pior, tendo que encarar o meu cantor preferido, papel na mão com a lista das músicas que deverá cantar e ele sempre com a mesma frase: “vou pensar, te dou a resposta depois... e esse depois é sempre 5 minutos antes de entrar no palco.

Se vocês tem curiosidade de saber o que faço durante os 10 minutos que antecedem o show , um dia conto pra vocês....é enlouquecedor....até começar aquela “musiquinha“ de abertura, o velho aqui já tá meio cansado....uuuufffaaa!! . 

E quando ele no meio do show fala: “não quero cantar essa música não! “... e eu tendo que avisar aquele monte de músicos no palco, pessoal da luz, do som, etc...tendo às vezes 10 segundos pra fazer isso....entre uma música e outra....portanto, quando me observarem correndo de um lado para o outro no palco (o que não é raro), fiquem sabendo: o maestro tá em apuros...”


A LIVE-41

Não veio com a camisa do Flamengo, contudo, o Flamengo ao intervalo vencia o Palmeiras por 1-0.

E veio a música que todos ansiavam. Afinal, qual é a música? Bem conhecida. De Roberto Carlos? Deixa-me rir.

Alegria que as vacinas estão chegando. E comentou o golo do Flamengo. Como se sabe, o maestro gosta de futebol. Tem paixão controlada.

A música de novela “como uma onda do mar”. O mar que tanto nos fascina, mau grado os seus perigos. 

Chá-chá-chá. Eu lembro-me muito bem do chá-chá-chá, em Lisboa.

Seguiu com uma música dedicada a todas as mulheres que acompanham a Live. Quantas mulheres choraram de emoção?

Uma música dedicada a todos aqueles que acompanham nos países sul-americanos, citando, nomeadamente, a Venezuela. Por conseguinte, uma música para todos aqueles que falam espanhol. Óbvio na voz de Roberto Carlos. Pois, regresso. Que seja rápido.

Curiosamente, o maestro pensando no jogo do Flamengo. Eu sabia que isso ia acontecer. Paixão é paixão.

Musicalmente, em frente porque atrás vem gente, perdão tem gente. Os Abba! 

Em homenagem a uma amiga frequentadora da Live que Deus já lá tem a música que a senhora mais gosta: Sereia de Roberto Carlos. QUE DESCANSE EM PAZ. Alguma comoção por parte do maestro que se colocou de pé para ouvir um pouco do trecho da música.

Trouxe uma música de um cara que é pouco conhecido da maioria dos presentes na Live, uma bossa-nova. O João Maria, a música.

Contou a história do Barreto, um músico já falecido. Um vascaíno assumido que, para os shows, levava um rádio pequeno para ouvir o relato. Num desses shows, gritou golo para espanto de todos. Será que os espectadores se aperceberam do golo do Vasco. Do Vasco de outros tempos.

A música seguinte: Cavalgada de Roberto Carlos.

Um comentário sobre a música Cavalgada, muito apreciada. Uma das mais apreciadas do rei Roberto Carlos.

Música para dançar. E veio uma “twistada” e mais. Ao cabo, uma miscelânea onde não faltou um cheirinho de Roberto Carlos. Twist Again. Sabem de quem? Chubby Checker. Esta sim, a melhor música para dançar. Até as teclas do meu computador ficaram malucas. Valeu maestro!

E veio a música para reflexão. Sempre com o maior sentimento com a voz de Maria Bethânia.

Por fim, qual é a música, uma música da autoria do próprio Eduardo Lages. E na voz de quem? Ora, pois, pois, Roberto Carlos. Sorrindo com vontade de chorar, talvez...

E quem acertou na música? De novo três mulheres. Quem foi a primeira? Inês Oliveira.


Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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