Maximiano de Sousa, de todos
conhecido como Max, era madeirense, nascido no Funchal em 1918. Foi aí que
iniciou a sua carreira artística. Sonhara ser barbeiro e violinista, tinha
ouvido para a música mas pouca paciência para aprender o solfejo, e acabou por
aprender o ofício de alfaiate. Contudo, o bichinho da música que sempre tivera
tornou-se numa carreira em 1936, quando começa a
actuar no bar de um hotel do Funchal: cantor à noite, alfaiate de dia.
Em 1942, é um dos
fundadores – como cantor e baterista – do Conjunto de Toni Amaral, que se torna numa
sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, vem
conquistar Lisboa. O trabalho é muito e o conjunto assenta arraiais no night-club Nina,
interpretando os ritmos do momento - boleros, slows,
fados-canções. E é o Fado Mayerúe de Armandinho e Linhares
Barbosa, mais conhecido como Não Digas Mal Dela, que populariza a
voz de Max e leva à sua saída do Conjunto de Toni Amaral, iniciando
finalmente a carreira a solo que desejava em 1948.
Agora actuando sozinho, Max dispara
para o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA
do Rádio Clube Português, em parceria com Humberto Madeira.
Em 1949, assina contrato
com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações
com Noites da Madeira e Bailinho da Madeira.
É o primeiro de uma longa lista de
sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31 ou Sinal
da Cruz. Em entrevista ao jornal Se7e, em 1978, referia que eram
os discos que lhe davam mais dinheiro, pois “os direitos de autor estavam
sempre a pingar”.
Depois da rádio, Max conquista o
teatro, participando a convite de Eugênio Salvador na revista
Saias Curtas, em 1952. Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão
também os seus dotes de actor e humorista.
Em 1957, parte para os EUA
para uma digressão de cinco anos interrompida por uma súbita doença de coração
ao fim de dois. Viajou em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Argentina.
Regressado a Portugal, embora continue a
ser um dos artistas mais queridos do público, encontrará alguma dificuldade de
trabalho, sobrevivendo à conta dos discos que continuava a gravar. Um dos seus
maiores êxitos surgirá aliás neste período, Pomba Branca. Faleceu
em 1980.
Em 1991 foi inaugurado um busto em
sua homenagem, da autoria da escultora Luíza Clode, junto ao Largo do
Corpo Santo.
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Bailinho da Madeira/Noites da Madeira (Single,
Decca/VC, 1956)
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A Coisa / O Magala / O Homem do Trombone (Columbia)
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Porto Santo
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31
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Sinal da Cruz
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Pomba Branca/Quando a Dor Bateu à Porta (Single,
Decca/VC, 1974)
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As Bordadeira
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Casei com uma Velha
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Júlia Florista
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Maria Rapaz
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Maria tu tens a mania
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Mas sou fadista
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Mula da Cooperativa
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Noite
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O Magala
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Rosinha dos Limões
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Saudades da Ilha
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Sinal da Cruz
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Vielas de Alfama
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