O
CORREIA, O NUNES, DOIS EDUARDOS
Ao longo de todo este tempo de
atividade (48 anos e 10 meses), vamos conhecendo pessoas, criando fortes
amizades e, como tal, não nos perdemos de todos o que fazem parte desse já
extenso rol. Conheci muitos Eduardos em determinadas áreas do desporto, por exemplo,
visto que foi nesta vertente que registo um número substancial de amigos e
conhecidos. Hoje, escolhi dois
Eduardos para de eles falar um pouco. O Correia
que foi um dos mais brilhantes profissionais do golfe ao serviço do CGIT e que,
segundo as notícias que me chegaram, já está aposentado. Conheci muito bem o
Eduardo Correia e com ele tive excelentes momentos de convivência, nomeadamente
durante as várias edições do PRO-AM, competição que fiz cobertura ao serviço
deste jornal e, também, do Diário Insular. Sem perceber patavina de golfe,
sempre lá estava para uma reportagem, daí que, tecnicamente falando, recorria
por sistema aos conhecimentos do Eduardo Correia, pessoa amável e que nunca se
recusou a passar uma informação. Contudo, em 1982, estive no CGIT com o meu
amigo professor Rui Silva e com ele o Eduardo Correia travou conhecimento e,
por conseguinte, rolou uma amizade entre ambos. A dada altura, o profissional
do CGIT revelou ao “próf” que, antes de competir, ficava nervoso. E,
curiosamente, depois de escutar todos os pormenores vindos do Eduardo Correia,
o “próf” passou-lhe uma terapêutica que pelos vistos resultou no imediato. E
ainda mais curioso o fato de, quando eu me encontrava com o Rui Silva em
Lisboa, ele sempre pergunta se o Eduardo Correia continuava a ter êxito na
competição e, também, passando os seus ensinamentos a quem se iniciava na
modalidade.
Um outro Eduardo, este infelizmente falecido recentemente e que esteve ligado
ao futebol, atletismo e hóquei em patins, na qualidade de dirigente, se bem que
no futebol foi praticante, representando o Sport Club Lusitânia. Creio que
ainda chegou aos seniores. Se estou errado, desde já me penitencio com os
leitores.
Muitos anos residindo na Rua dos Canos Verdes, Eduardo Nunes era um dos paradigmáticos
da calma, aliás, como toda a restante família. Ainda hoje não sei a que cargas
de água lhe colocaram o alcunha de “cavalinho”, mas um “cavalinho” bondoso,
amigo do amigo e que, fundamentalmente, evitava discussões ou brigas. Sempre
foi assim desde o tempo de muito jovem. Para além de dirigente do Lusitânia,
foi um dos fundadores do Núcleo Sportinguista da Ilha Terceira (NSIT) e sempre
apoiou os filhos na qualidade de hoquistas. Lembro-me num jantar do NSIT em que
lá estive ao serviço de A União e da Rádio Horizonte, que o Eduardo Nunes ficou
intrigado pelo fato de eu estar a beber água e os outros vinho e/ou cerveja,
acabando eu por lhe explicar que não ingeria álcool quando trabalhava, para
mais que estava fazendo um direto para a Rádio Horizonte.
Fiquei pesaroso com o desaparecimento do Eduardo Nunes do rol dos vivos, o
mesmo dizendo em relação ao primo (Guilherme Nunes) falecido no Canadá. Espero
que, quando chegar a minha hora, nos possamos encontrar no “outro lado da
vida”. A amizade essa perdura sempre e é só uma questão de transportá-la no
espírito. Fica registado. Amém!
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