JORNALISMO EM DESTAQUE

485º Aniversário da Cidade de Angra do Heroísmo

terça-feira, 18 de julho de 2017

Do poeta - escritor Alexandre Oliveira



 Tardes de Domingo 

  

Quando andamos pelas ruas, encontramos inúmeras pessoas, que frequentam nossa igreja, a empresa em que trabalhamos a escola, a faculdade, e demais localidades que possamos formar grupos, onde tem sempre aquele que nos identificamos, e este como quem nada quer vai logo cantando a pedra. 

 _ E ai marujo!...  


Como anda essa vida, depois que começou a fazer parte desta nova equipe?... O basquete melhorou, ainda continua dando suas escapulidas?...  Perceba que o quadro aqui é outro, a gente de repente faz, mas bem diferente do que praticávamos antes, mas isto depende muito, e quando se faz tem que ser à surdina para ninguém saber. Pois, é dito que marujo que se preza tem um amor em cada porto.  Nisso eu retruquei e disse sem entrar muito em detalhes. 

_ Que quer isso amigo, em toda regra existe exceção, e eu de repente jamais fui da forma que você pensa. Fui sempre solitário, andei taciturno, por muitas vezes eu ia a lugares que os meus companheiros não gostavam de ir, como por exemplo, assistir a uma boa peça de teatro, um cineminha de vez enquanto nas tardes de domingo. Mas, não vou negar que de vez em quando descia a serra para ir ao Pinga Pus - PP, lá em São Luiz do Maranhão. E posso até dizer que recordo Karina, uma menina loira e bonita, que falava outras línguas, tipo o tagalo, idioma dos coreanos que por lá aportavam.  Essa fama de repente em mim não cola, hoje não se faz nada como antigamente, na real, tudo existe um por que, não é mesmo? ...  

Fui um solitário por onde andei e se muito me envolvi era com alguém que poderia mostrar algo interessante. Na verdade, jamais me senti ser o cara, o centro de atenções. Gostava sim de conversar sobre assuntos pertinentes à sociedade e que me proporcionava alguns ganhos.  

Karina, por exemplo, era uma menina veneno, sabia se portar em vários lugares, uma mulher inteligente, mesmo residindo num ambiente que tinha que lidar com pessoas diferentes, em geral marinheiros vindos de lugares distantes que ensinava a esta os entraves da vida marinheira.


Esta crônica faz parte do Livro O C E A N O S .  Quem de fato se interesse em adquirir o livro impresso entre em contato , e aproveite o momento eu estou fazendo uma boa campanha. Troque seu livro por um novo. 
Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

Sem comentários:

Enviar um comentário