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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

E tudo são recordações - Do Splish Splash

Pois é... O tal Romance
Por: Carlos Alberto Alves
O Romance morreu de velho e o Amor foi ao seu enterro! Num dia em que a Paixão se vestiu de negro e a Atração deixou ficar a Libido em casa! No dia em que o
Romance morreu de velho, não houve quem não comentasse se não teria sido puro atentado e os mais extremistas vieram logo dizer, que teria sido assassínio de um amante mais revoltado! Mas não, confirma-se aqui e desde já a verdade: o Romance morreu de velho! Num dia, em que ninguém lhe escreveu cartas de amor, porque estão em desuso! Num dia em que os bilhetinhos de amor foram subtraídos pelas notas de recados das tarefas das rotinas domésticas e pelos post-its, indicando reuniões de trabalho! No dia em que o Romance se cansou, sentou-se numa cadeira, aguardando carícias de alguém, mas só lhe deram uma palmada apressada nas costas, pedindo-lhe que se despachasse para não se atrasar! O Romance morreu de velho, vestindo roupas mal passadas a ferro, uns jeans desbotados e o cabelo amassado de lado! Estava cansado, desmoralizado pela falta de palavras de ânimo e incentivo! E quando sentiu subirem-lhe suores frios pela testa, o Romance recordou momentos de flores trocadas, rosas brancas, de paz e tranquilidade e vermelhas, de amor louco, destemido e voraz! Ninguém lhe abria mais a porta, ninguém lhe dizia a sorrir, que ele o fazia rir! O Romance esperou sentado que alguém o levasse a jantar fora, mas só o convidavam para refeições apressadas, de fast food, mal servida e mal digerida, em mesas mal arranjadas, sem velas, nem pétalas como se recordou em tempos de tanto ter apreciado! O Romance morreu de velho e deixou amantes vazios, sem grandes atos e demonstrações de amor, sem surpresas e prendinhas de agradecimento, encarando a TV, a sentir, sem saberem bem o quê, inundados de apatia, de uma antes enorme euforia! O Romance morreu, a olhar por uma janela, com vista para o mar, mas deixou cair os olhos, já não tinha vontade de navegar! Em tempos, quando era jovem, o Romance partiu à aventura, sem pensar no ontem, nem se lembrar do amanhã! Agora, que o Romance morreu de velho, cansado à espera de algo, que de novo o fizesse arribar, deixa-nos uma grande lembrança, para que não se perca a esperança: Lembrem-se de mim!

NOTA FINAL – Lembrem-se de mim! Sabem onde estou... Sabem que ainda estou bem vivo. Sabem que o meu trajecto jornalístico é um aquilatável Romance. Nem necessito de fazer propaganda. As palavras dizem tudo... Sabem, sim, que ainda vou continuar por mais alguns anos. Não tenham dúvidas. Arrumar as chuteiras? Ainda não... Ainda estou com muita pujança, embora reconheça que, pelo avanço da idade, não sou jogador para entrar na alta bolsa das transferências. Porém, não se iludem, visto que ainda marco os meus golos. Todo o dia marca um... De todas as formas e feitios... Não vou, porém, referenciar a minha grande especialidade. Se o fizesse, teria à minha porta um camião cheio de cartas para uma possível contratação. E viriam deste Brasil lés-a-lés. Do exterior, dispenso...1 Já me habituei ao uso da moeda (real), da comidinha acompanhada por arroz e feijão e a outras coisas deliciosas que existem neste país. E que deliciosas... Não estou pensando naquilo que vocês ao lerem esta matéria cogitam. Não sejam maldosos (rssss)...


Splish Splash e A União são casos especiais e, como tal, não fazem parte do enquadramento... “do exterior dispenso”.
NOTA SPLISH SPLASH
O autor, português residente no Brasil há mais de 6 anos, considera, e bem, o Splish Splash e A União como “do exterior”, porquanto ambos os sites têm origem portuguesa; o primeiro da cidade do Porto e o segundo da Região Autónoma dos Açores. Porém, no caso em apreço o autor não os mete no mesmo saco e, diga-se, também muito bem, porquanto, quer um quer outro site advogam o apanágio da pluralidade intercontinental e, como tal, a palavra “origem” há muito que serve apenas para os situar. E, por motivos óbvios, no que ao Brasil se refere é como se estivessem fora cá dentro.


Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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