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sábado, 16 de junho de 2018

Da poetisa-escritora Bernardete Cavalcanti

A CHAMA DA VELA

Absorto em meu escrever, 
nem siquer pude notar,
a silhueta a se formar
naquela vela que acendi!
A fumaça estava a se dissipar
À medida que ela subia,
uma silhueta delineou.
Embevecido e atônito observei,
o formato de corpo feminino
de longos cabelos esvoaçantes.
Parecia - se tanto com ela!
Pequena dócil e bela,
da minha vida ela tirou
toda a razão de ser
Seus contornos provocantes,
deixaram - me ainda à revelia,
Não podia nem acreditar

na perfeição que eu via!
Doeu - me o peito e, em desatino,
senti a silhueta a me fitar
Abri os braços e para ela sorri
Com olhos marejados de emoção
eu, simplesmente, chorei.....
dedicando a ela minha devoção.
E tudo escureceu.........
Meu sonho, uma fantasia!
E minha alma adormeceu.........








Carlos Alberto Alves

Sobre o autor

Carlos Alberto Alves - Jornalista há mais de 50 anos com crónicas e reportagens na comunicação social desportiva e generalista. Redator do Portal Splish Splash e do site oficial da Confraria Cultural Brasil-Portugal. Colabora semanalmente no programa Rádio Face, da Rádio Ratel, dos Açores. Leia Mais sobre o autor...

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