AURA... COM PALADAR DE DOCE DE LEITE
NO TACHO DE COBRE
Apanhou-me a lembrança
Desprovida
A caminho já
Na praia
Bem perto do mar...
Um barco
Um navio
Um...
Uma flor
Uma flecha
Uma saudade terna
Infinita...
Não há mar
Há um rio longe
Pará
Um regato
Um moinho
Uma mina d’água
E um engenho de cana em ruína
Cremosas rapaduras...
E admiráveis lembranças
Com paladar
De doce de leite no tacho de cobre
A mexer com tempo
Guardado lá...
No baú da Casa-Grande...
A alastrar
Inebriante
Com o perfume da jabuticabeira
Das figueiras em flor
Uma vez aspirado
É eterno.
Sem comentários:
Enviar um comentário