Toiros de esferovite e comida vegetariana
Publicado por João Rocha
Finda, a 15 de outubro, mais uma temporada das touradas à corda na ilha Terceira é tempo do inevitável balanço.
A primeira conclusão parece-nos óbvia – os toiros não fazem qualquer falta nos arraiais, fazendo lembrar a viola no funeral.
O figurino taurino deve libertar-se, de imediato, do hastado. O toiro é para meditar no cerrado, contemplando a natureza e a morte da bezerra. Num futuro próximo, eventualmente com a colaboração da malta do PAN, cremos, que depois de urbanizado, o toiro (real) possa passear ele próprio pelo arraial, prontificando-se a tirar selfies com todos os interessados – o professor Marcelo que se apresse.
Mas, para já, basta a presença das gaiolas, dos capinhas, dos agentes policiais e do delegado, abrindo-se a porta à possibilidade da existência de ecrãs gigantes com cenas de marradas e outras peripécias.
Para abrilhantar a corrida, seria também curiosa a presença de toiros em esferovite que, posteriormente, serviriam para as brincadeiras dos toiros bebés – toiritos, caso prefira. Como diz o artista do momento, o povo quer é ação. E, minhas senhoras e senhores, a verdadeira ação é à conta do quinto toiro.
Ou seja, não queremos ser incomodados pela correria desenfreada de um toiro qualquer, quando circulamos entre as casas para “retelhar” e as tascas onde existem sempre bons pagadores.
De qualquer modo, pensamos ser a altura dos cardápios, quer nas casas, quer nas tascas, incluírem comida vegetariana e sumos naturais já na próxima época taurina.
E, aí mais a longo prazo, é possível avançarmos para a elaboração de uma agenda devidamente organizada com todos os pormenores e segredos do quinto toiro, contando com o alto patrocínio da ONU e da tasca ambulante “Só paga quando o Sporting for campeão”.
Saudações dos verdadeiros aficionados, Doutor Jorge Gato e Sábio João Rocha.
joaorochagenio@hotmail.com
Sem comentários:
Enviar um comentário