A OUVIR TAMBÉM SE APRENDE
De letra a letra soletrava
Para uma palavra um pouco ler
Assim lamentava e se considerava
Analfabeto por não saber.
O seu nome mal assinava
Fazia por marcar o dedo
O meu velho, pai lhe chamava
Era um homem forte sem medo.
Não apontava o dedo
A quem muito bem falava
Dizia que mais tarde ou mais cedo
Tudo por igual acabava.
Muito eu aprendi do que ouvia
Respeitando o que ele dizia
O qual sempre vou recordar…
Quem me dera o ter aqui
Oferecer-lhe tudo o que já escrevi
E sorrindo com ele soletrar.
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