Ó Filomeno, subscrevo totalmente a relação amistosa entre Angola e Brasil

           

Ó Filomeno, subscrevo totalmente a relação amistosa entre Angola e Brasil 

Filomeno, natural de Angola, e que esteve neste sábado no programa do Luciano Huck “Quem Quer Ser Milionário”, revelou ao conhecido e conceituado apresentador interessantes histórias da sua vida passadas na terra natal e, também, sobre os anos em que está no Brasil.

O que mais me prendeu a atenção foi o facto dele ter asseverado que são ótimas as relações entre Angola e o Brasil, o que subscrevo totalmente, isto na exata medida em constatei “in-loco” esse importante pormenor. Ora, em finais do ano de 1966 aportou em Luanda uma armada brasileira que foi efusivamente saudada pelos brasileiros. E como o futebol está no sangue destes dois países, foi acordado a realização de um jogo entre as seleções militares de Angola (ainda sobre a colonização de Portugal) e da esquadra brasileira, jogo esse que se disputou no então Estádio dos Coqueiros (creio que hoje se chama Estádio da Cidadela) e que foi por mim dirigido, por ser árbitro filiado na Comissão Provincial de Árbitros e militar em comissão de serviço do exército português. Uma festa digna dos maiores encómios  e que terminou à noite com um beberete num dos navios da armada brasileira.

E, como o mundo é pequeno, nos meus primeiros anos de permanência aqui no Brasil (no dia 20 de agosto completei 16 anos), encontrei em Niterói um dos mecânicos de um dos “destroyers” da armada brasileira e que, mais tarde, soube que já havia falecido. E tudo aconteceu exatamente de uma conversa que tive com esse amigo. Palavra puxa palavra e foi então que fiz referência, como militar, à minha permanência em Angola nos anos de 1965 a 1967. Dai se desenrolou a ida dele a Angola fazendo parte da armada brasileira que aportou em Luanda. Ainda falamos do célebre jogo de futebol e da forma em como os brasileiros, durante os quatro dias de presença em Luanda, foram recebidos pelos angolanos. E nesse contacto que tive, deu para entender que, de facto, existe uma enorme relação amistosa entre Angola e Brasil, o que ainda hoje se mantém.